Reposição hormonal masculina

A reposição hormonal em mulheres vem sendo discutida há décadas. Há os que defendem e há os que condenam tal procedimento. Talvez como consequência desta investida ou talvez no rastro da hipervalorização de um desempenho sexual criada pela banalização da vida sexual, também os homens passaram a procuram a sua fonte da juventude na reposição hormonal.

O chamado “hipogonadismo masculino tardio”, popularmente e erradamente chamado de “andropausa”, representa uma decréscimo dos níveis hormonais no homem e que, até os 80 anos de idade, pode chegar a uma queda de 50%. Se na mulher a vida fértil se encerra com a chegada dos 50 anos, neste mesmo momento também no homem inicia uma diminuição dos níveis hormonais. Podem surgir dificuldades em conseguir uma adequada ereção na relação sexual, uma diminuição do tamanho dos testículos e uma consequente diminuição na produção de espermatozoides.

Em decorrência desta situação fisiológica há também uma diminuição da massa muscular, queda de cabelos e outros sintomas próprios do processo de envelhecimento. Entre os sintomas característicos dessa disfunção podem também surgir as alterações do humor, a irritabilidade, a insônia, a dificuldade de memorização e concentração, (sintomas esses muitas vezes confundidos e tratados somente como depressão), o cansaço, e às vezes a osteoporose.

Talvez muitos homens estejam levando uma vida mais otimista e mais ativa nesta faixa etária. Isto, ao menos estatisticamente, parece trazer-lhes um comportamento sexual mais ativo e um posicionamento mais otimista frente ao próprio processo do envelhecimento. Se neste momento for realizada uma reposição hormonal, a diminuição do casaco, a melhora da libido e consequente, do desempenho sexual costuma trazer uma gratificação significativa. Talvez estes resultados possam se tornar até mais marcantes naqueles homens já mais depressivos e com sua autoestima mais comprometidos. O importante é lembrar que este recurso é válido, contudo, também há importantes contraindicações a serem consideradas.

Antes de receber hormônios será preciso lembrar que todo homem deve realizar a sua avaliação urológica já a partir dos 40 anos de idade. O crescimento da próstata, o aumento do nível do PSA (marcador de câncer de próstata) ou a presença de osteoporose contraindicam a reposição hormonal. Não podemos esquecer que quase 90% dos homens desenvolvem câncer de próstata até os 80 anos de idade. Além disto, mais de 80% dos tumores de próstata têm seu crescimento estimulado pela testosterona.

Portanto, devagar com a ideia da reposição. Pode ser muito revigorante, porém também tem seus riscos. Há urologistas que indicam o seu uso, mas, também há os que se posicionam contra.

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