Com quatro meses de trabalho, a limpeza das sangas e do Arroio Castelhano em Venâncio Aires, por meio do Programa Estadual de Desassoreamento do Rio Grande do Sul (Desassorear RS), já ultrapassou os 2 quilômetros percorridos e mais de 12 mil metros cúbicos de resíduos retirados. Esta é uma das principais ações que garantiu a redução dos efeitos de cheias em Venâncio Aires, segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos, Sid Ferreira.
O titular da Sisp disse, em entrevista ao programa jornalístico Terra em Uma Hora de quarta-feira, 18, que quatro sangas já tiveram as atividades de limpeza, incluindo as sangas do Arrozal e do Cambará, responsáveis pelas inundações nas regiões centrais da cidade. “Estamos apenas iniciando o trabalho e já notamos efeitos positivos. Em outros tempos, com esse volume de chuva já teríamos água nas ruas próximas da Escola Odila [bairro União]”, exemplificou.
Na Sanga do Cambará, ele relatou que alguns pontos tinham um metro ou menos de profundidade e, agora, com o alcance das máquinas, o local tem de seis a sete metros, além da largura chegar em seis metros também. Agora, no entanto, cresce a expectativa para o avanço dos trabalhos no Arroio Castelhano, que só devem ocorrer após a conclusão da limpeza das sangas, ainda no segundo semestre deste ano.
Outras ações são realizadas pela Administração Municipal, como a troca de bocas de lobo, iniciadas em abril, com a instalação de novos equipamentos com largura, comprimento e altura de um metro, paredes de 10 centímetros e caixa com ferragem armada com tampa.
Além disso, por meio da Sisp, é realizado a instalação de 130 tubos de dois metros diâmetros entre a rua Pedro Grünhauser e a saída do Loteamento Artus – trecho no qual corre a Sanga do Arrozal. “Ainda contratamos mil horas de um caminhão hidrojato, que é fundamental para a limpeza dentro destes tubos.” Também é estudada uma alternativa de macrodrenagem para a região próximo ao Estádio do Guarani, para dar melhor vazão para a Sanga do Cambará.
São seis pontos desassoreados no Arroio Castelhano e sangas que desembocam no manancial. Os trabalhos percorrerão 17,5 quilômetros, que incluem os 12,5 quilômetros que tiveram o desassoreamento iniciado pela Prefeitura no ano passado e outros 4.958 metros das sangas.