O empresário venâncio-airense Jair Lehmen arrematou as torres do centro comercial Viasul Strip Center, na tarde desta terça-feira, 24. Ele acompanhou o leilão presencialmente, no auditório do escritório do leiloeiro oficial Sérgio Scholante, em Santa Cruz do Sul. Ao fim da tarde, visitou o prédio e informou ter adquirido o imóvel para negócio e que vai avaliar todas as possibilidades.
“Não entendo porque não venderam por este mesmo valor, no segundo leilão”, disse o empresário. Segundo ele, o valor foi baixo para as dimensões do imóvel, que considera em boas condições. Lehmen não sabe o que vai fazer com o novo empreendimento, mas que vislumbra um hotel digital ou sem recepção, que funciona com sistema de autoatendimento para check-in e check-out. “Algo nesse sentido, mas nada impede de ter uma parceria para outro tipo de negócio.”
O leilão iniciou, pontualmente, às 15h. Também foi transmitido, online, pela página do escritório Sérgio Scholante no Facebook – ao invés do YouTube, como divulgado. O leiloeiro abriu o pregão esclarecendo regras, procedimentos e descrevendo o lote composto por 31 salas, distribuídas em seis pavimentos, do primeiro ao quinto com seis ambientes cada, medindo de 38,17 a 55,75 metros quadrados. No último piso, a sala panorâmica tem 307,8 metros quadrados.
Scholante abriu o leilão com lance inicial de R$ 450 mil parcelados, oferecido pela internet, mas que acabou batendo o martelo para a única oferta acima, voltando ao patamar do segundo pregão (do dia 17), que era de R$ 900 mil, metade do valor estimado do imóvel. A proposta vencedora, a de Jair Lehmen, inclui entrada de 25% do valor arrematado e o restante pago em 30 parcelas.
O próximo passo, conforme Scholante, é concluir a ata e emitir guia de pagamento. Depois, aguardar os prazos para apresentação de embargos de declaração, que são recursos judiciais utilizados para obter esclarecimentos sobre o leilão. Homologado pelo juiz, é emitida carta de arrematação, em até 40 dias.
Rodoviária
Jair Lehmen também pretende dar um destino ao prédio da estação rodoviária, adquirida há vários anos. Ele propõe a transferência da empresa que vende passagens para as margens da RSC-287, possibilitando a instalação de um mercado no centro. Segundo ele, é complicado manter a rodoviária nos termos atuais. Diz ter prejuízos. “Não consigo alugar as salas e não consigo pagar o IPTU do jeito que está”. Por outro lado, afirma que tem empresário interessado em instalar um mercado atacadista no local.
