“Participar do meio tradicionalista foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida, pois tudo de bom que carrego comigo, aprendi fazendo parte dele. Acredito que é o melhor meio para estarmos inseridos e colocar as novas gerações. O tradicionalismo, sem dúvida nenhuma, é minha maior paixão.”Luiza Pessi Rosseti – 1ª Prenda Juvenil da 24ª RT

Aos oito anos de idade, a Léo-boqueirense Luiza Pessi Rosseti conheceu as danças tradicionais. Na Invernada Mirim do Departamento de Tradições Gaúchas (DTG) Herança Maragata de Boqueirão do Leão, ela iniciava os primeiros passos. Firmou-se no tradicionalismo aos 11 anos, alimentando o sonho de ser prenda de faixa.Título conquistado, na entidade em 2013. Com muita persistência, estudos e dedicação no dia 28 de junho na 45ª Ciranda Cultural de Prendas, realizado em Venâncio Aires, ela recebeu a faixa de 1ª Prenda Juvenil da 24ª Região Tradicionalista. A partir de agora, a meta é representar a região em âmbito estadual, no próximo ano.
Filha de Veridiana Pessi Rossetti e Dari Luis Rosseti, a estudante do 2º Ano do Ensino Médio Politécnico, na Escola Estadual Eugêncio Franciosi, tem 15 anos. Ao lado dela, o irmão Leonardo Pessi Rosseti, também participa da Invernada Artística Juvenil do Herança Maragata, que tem como patrão Isidoro Heissler.
A VONTADE DE SER PRENDA “Lembro-me como se fosse hoje de um baile de encerramento da Ronda Crioula, em que a Invernada do DTG Herança Maragata fez sua apresentação. Eu tinha 11 anos. Naquele dia resolvi voltar ao meio tradicionalista. E desde então tinha vontade de ser prenda de faixa, pois ao ver o trabalho que as prendas realizavam, sempre tive o desejo de ser como elas.” Entretanto a espera foi longa. Somente em 2013, a entidade realizou o concurso interno. Nestes anos, Luiza começou a participar, além da invernada, dos concursos de declamação. Por meio dos livros, de história e tradições, conta que alimentava o sonho de ser prenda de faixa. Embora nunca tivesse assistido a concursos, Luiza conquistou, internamente, o seu primeiro título. A partir de então, uma nova caminhada. “Graças a ajuda de muitas prendas, peões e coordenadores, fiquei a par do que era necessário para me tornar uma prenda regional, pois participar da 2ª fase de uma Ciranda era um sonho que já tinha em mente. Apesar de todas as dificuldades, obstáculos e momentos que o que eu queria era simplesmente desistir, me tornei 1ª Prenda Juvenil da 24ª RT, uma emoção enorme e inesperada, principalmente pelo fato de que minha entidade, há anos não coloca uma representante em uma Ciranda de Prendas.”
HABILIDADES COMPROVADAS PARA CONQUISTAR TíTULO

Entre seis concorrentes, a conquista chegou após comprovar suas habilidades – por meio de relatório dos projetos realizados – das participações em eventos regionais e estaduais. Questões de história e geografia do Rio Grande o Sul, Tradição, Tradicionalismo e Folclore, além da Mostra Folclórica sobre a tradição Junina, também fizeram parte das provas de conhecimentos. Nas habilidades artísticas, Luiza declamou o poema ‘E a terra não esqueceu’, de autoria de Carlos Omar Villela Gomes.
Na pista, a dança tradicional, ‘Tatu com volta no meio’, e de salão uma valsa, complementaram as apresentações da concorrente que foram acompanhadas do seu instrutor e incentivador, Diego Goethel, ex-Peão Farroupilha da Região. A candidata ainda discorreu sobre o tema sorteado que consistia em falar sobre uma lenda do Rio Grande do Sul. Na Capital do Chimarrão, Luiza escolheu falar sobre a lenda da Erva-Mate.
Fiquei muito feliz e honrada, em poder conquistar esse título, portanto pretendo representar nossa região da melhor forma possível. Nesse novo caminho que se inicia, espero conquistar muitas amizades, bem como conhecimento e aprendizado, pois essas são as nossas recompensas. E, ainda, me coloco à disposição de todos. Gostaria muito de poder ajudá-los, pois se cheguei até aqui, foi com o auxílio de outras pessoas.