
“Agora a minha roupa não tem mais cheiro de cigarro.” Se engana quem acha que esse depoimento é de um ex-fumante. Pedro (nome fictício) trocou o tabaco enrolado em papel por algo que parece uma caneta, vem com bateria recarregável e ao invés de fumaça, vapor: o cigarro eletrônico.
Em meio às discussões sobre os malefícios à saúde e as restrições à produção de tabaco, Venâncio Aires – maior produtor do país – adquire, a cada dia, mais usuários do novo ‘queridinho’ dos fumantes. Embora a comercialização e importação seja proibida no Brasil, muitos não se intimidam e utilizam o dispositivo tranquilamente nas ruas. Um vendedor do produto no município, estima que a Capital do Chimarrão tenha mais de mil usuários do cigarro, que em outras partes do mundo, especialmente nos Estados Unidos, vem sendo a sensação dos fumantes. No país onde a produção cresce a cada ano, o tabaco movimentou US$ 2,5 bilhões no ano passado.
No Dia de Combate ao Fumo, lembrado hoje, Pedro não se inibi com a data e afirma que não pretende parar de fumar, mas garante que encontrou, pela primeira vez, algo que lhe fizesse parar de usar o cigarro convencional. “é claro que o ideal é não fumar, mas eu não quero parar; só queria algo que não fosse tão prejudicial.”
Aos 32 anos, o usuário conta que fuma desde os 12 e desde junho do ano passado utiliza o eletrônico. “Conheci o e-cigar através de um amigo que já usava havia alguns meses. Ele fumava dois maços de cigarro por dia e tinha largado completamente o cigarro comum para utilizar o eletrônico.”
Confira a reportagem completa no flip ou edição impressa de 29/08/2014.