A 19ª campanha de vacinação contra o Influenza (vírus da gripe) se estende até 26 de maio e embora a campanha tenha começado há duas semanas, o número de pessoas vacinadas ainda é considerado baixo pela enfermeira da Vigilância Epidemiológica e Imunizações de Venâncio Aires, Carla Lili Müller.
Segundo ela, pelo menos 30% de cada público-alvo já deveria ter se vacinado, enquanto que a meta é vacinar 21.320 pessoas no município, o que corresponde a 90% de cada grupo prioritário. Até ontem à tarde, apenas 20,91% de todos os grupos foram vacinados. A novidade deste ano é a inclusão dos professores nos grupos que têm direito à vacina gratuita.
Prevenidas
A professora Viviane Arent, 35 anos, já foi até o Posto de Saúde Central para garantir a dose. Na opinião dela, a vacina da gripe para os professores já deveria ter sido liberada na rede pública de saúde há mais tempo: “Não só para os professores, mas também para outros profissionais que trabalham nas escolas”. Conforme ela, pelo fato de estarem em uma sala muitas vezes fechada e com um grande número de pessoas, faz com que a vacina seja muito importante para esse grupo se prevenir. “Nós temos um contato diário com as crianças e às vezes elas estão doentes, mas acabam indo mesmo assim para a aula”, observa.
Para a professora, mesmo que as salas de aula tenham álcool gel e os pequenos sejam orientados a usarem a própria garrafinha de água, é difícil evitar a ocorrência de resfriados e gripes.
A aposentada Vanita Trindade, 78 anos, na companhia do marido João, também já aproveitou para fazer a vacina da gripe. Ela conta que desde que existe a campanha não abre mão de se prevenir: “É uma forma de eu me proteger. Faz anos que não tenho mais gripe”.
PROCURA
Segundo Carla, já foram vacinados até o momento 2.156 idosos, equivalente ao percentual de 23% de cobertura. Os trabalhadores da saúde foram os que mais buscaram a vacina até o momento e totalizam 37%, quando 459 deles aplicaram a vacina. No caso das gestantes, 79 foram vacinadas (13%), puérperas foram 21 (21%). Em relação às crianças menores de cinco anos, 362 já aplicaram as doses, o que equivale a um percentual de 11% de cobertura. Além disso, mil pessoas portadoras de doenças crônicas receberam a vacina, ou seja, 18,38% e 186 professores, o que corresponde a 23%.
PNEUMO 23
A enfermeira Carla ressalta que muitas pessoas têm ido se vacinar contra a gripe e buscado a vacina da Pneumo 23, mas esta vacina não está disponível à população. Apenas pessoas acima de 60 anos institucionalizadas e acamadas têm direito à Pneumo 23.
Pessoas acima de 60 anos que tenham problemas de saúde podem ter direito à vacina, mas estas serão encaminhadas pelo Centro de Referência de Imunos Especiais (CRIE) de Porto Alegre, porém o período de espera é de cerca de 30 dias para liberação da dose, após a realização do pedido. Para solicitação, é preciso atestado com o CID, receita e cópia dos exames, o que pode ser solicitado na própria Vigilância Epidemiológica do município.
Tem direito às doses:
crianças de seis meses a dois anos (meta é vacinar 1.224);
crianças de dois a quatro anos (meta é de 2.097 doses);
trabalhadores da saúde (meta é de 1.303);
gestantes (612 pessoas a serem vacinadas);
puérperas (mulheres que deram à luz até 45 dias – meta é vacinar 101 pessoas);
idosos acima de 60 anos (9.509 doses);
comorbidades (5.440 doses);
professores (meta de 811 doses);
presidiários (objetivo é vacinar 223 deles).
***Quem não faz parte do público-alvo da campanha não terá direito à vacina gratuita e deve recorrer a uma clínica particular para fazer a aplicação das doses. A vacina trivalente custa em média R$ 80, enquanto que a tetravalente e a quadrivalente têm um custo de R$ 120. Todas contêm o vírus H1N1, mas a diferença está no fato da trivalente e a tetravalente terem uma cepa a mais do vírus.
