Como estudar música fora do Brasil

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Há dois anos e meio morando nos Estados Unidos, a estudante de música Mariana Krewer, 25 anos, conta que começou a tocar flauta doce aos sete, por indicação de um homeopata. Ela explica que sofria de asma e as aulas a ajudariam a fortalecer seus pulmões. Além disso, a estudante lembra que, como seus pais sempre ouviam muita música instrumental em casa, ela sempre gostou. Depois que começou a tocar, não quis mais parar.

Mariana explica que quando estava no Ensino Médio, já tocava na Orquestra da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), e até já tinha ganho ‘um dinheirinho’ tocando violino em eventos. Além de gostar de tocar, a estudante sempre gostou da parte teórica da música, da história e da pedagogia, então, segundo ela, uma graduação parecia um bom caminho.

Como meus pais sempre deram apoio e eu acreditava que tinha talento, resolvi que valia a pena investir nessa carreira.

A estudante, que já se formou como mestre em Performance Musical, em maio de 2014, conta que está fazendo Doutorado em Artes Musicais na Louisiana State University, graças ao apoio do professor Fredi Gerling. Segundo Mariana, ele recomendou que ela continuasse estudando e a ajudou a iniciar contatos com a universidade dos Estados Unidos.

“Eu já conhecia pessoas que tinham ido para lá, então sabia que era possível. Felizmente recebi o convite para uma bolsa de estudos na Valdosta State University, onde eu estudei para meu mestrado e trabalhei como bolsista. Estou na mesma situação na universidade nova, sendo bolsista e estudando.” A estudante começou seu primeiro semestre em agosto, e tem mais dois anos e meio até o fim do doutorado.

– Veja a aula que o pilhado Gean teve com Mariana Krewer para aprender a tocar violino.

– Conheça Guilherme Leissmann, que sonha em cursar uma faculdade em Música.

Sobre a sua rotina, Mariana diz que, normalmente, sempre tem a agenda cheia. Ela acorda cedo e vai dormir tarde, e ainda tem que agendar a prática de violino em seu dia, porque se não, acaba fazendo outras coisas ao invés de tocar. Segundo ela, as pessoas pensam que as aulas de violino são o principal do curso mas, na verdade, essa é uma parte mais ou menos pequena.

Na maior parte do tempo, estou envolvida com aulas e seminários, cobrindo conteúdos de repertório, história da música, teoria, pedagogia musical e técnicas de pesquisa. As turmas normalmente são pequenas, e o dia a dia das aulas consiste em apresentações do professor e dos alunos, trabalhos semanais e discussões coletivas. Participação é geralmente uma parte grande da nota.

A doutoranda destaca que a mentalidade é que, como os alunos já têm seus diplomas, já sabem um pouco de tudo. E que, em decorrência disso, é gratificante ser levada à sério.Entretanto, Mariana ressalta que isso também toma muito tempo fora da sala de aula, porque a pessoa precisa ler tudo, ter certeza que entendeu tudo para não ficar sem saber o que dizer ou escrever.

“Além das aulas, toco na orquestra dos estudantes, que é uma sinfônica completa, que ensaia três vezes por semana; tenho requisitos de música de câmara; e, como bolsista, participo do quinteto que serve como orquestra-laboratório dos estudantes de regência, e ajudo na organização de eventos na sala de concertos da universidade.” Mariana também dá aulas de violino e, de vez em quando, toca em concertos e eventos, para ganhar uma renda extra.

>> Matéria publicada na edição do caderno Na Pilha! em 7 de janeiro de 2015.

    

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