Dia para refletir e entender sobre o autismo

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Todos os dias a televisão precisa ser desligada no mesmo horário. O suco precisa ser servido juntamente com o sanduíche. Para crianças diagnosticadas com autismo é necessário criar uma rotina, até que se familiarizam e entendam, com o tempo, as situações. é celebrado hoje, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, data em que familiares, amigos e médicos lutam por direitos de pessoas com o transtorno.

A delicadeza de *Marina, 10 anos, pode ser percebida na hora de pintar o desenho, atividade que mais gosta de fazer. A mãe *Luísa, recorda que o diagnóstico da filha foi obtido ainda nos primeiros anos de vida. “Começamos a perceber a mudança ainda na creche, com oito meses”, argumenta. Diagnosticada com um grau leve de autismo, a pequena foi alfabetizada com 9 anos.

*Marina tem apenas problemas com a formação visual e sonora. Segundo a mãe, a garota enfrenta problemas quando precisa estar em ambientes com barulho ou conviver com coisas que ainda não conhece ou não entende. “Mas ela é muito controlada. Tem apenas alguns traços comportamentais de autista.”

A evolução de *Marina, segundo a mãe, é visível e apenas aconteceu porque um trabalho em parceria com a Apae foi feito desde cedo. Fora da instituição, a família sempre estimulou com atividades, colaborando com o trabalho. “*Marina entende o que ela pode ver e tocar. O abstrato, ainda é difícil de entender”, alerta.

Em casa, tudo é combinado antes para evitar desordens comportamentais, para conseguir controlar crises de choro, uma rotina foi criada. “é muito importante a criança ter uma rotina, saber o que ela vai fazer e o quê. Sempre avisamos: Daqui a dez minutos vamos desligar a televisão. Isso tudo até que ela fosse compreendendo”, explica *Luísa.

Hoje, a garota frequenta uma escola de ensino regular do centro da cidade, adora desenhar, estar no computador, saber sobre animais e olhar desenho. “Toda a semana vamos na biblioteca e ela sempre pega enciclopédia de animais para saber sobre os que ainda não conhece”, conta.

*Identidade dos entrevistados foi preservada na reportagem

    

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