De fundo, uma música toca ambiente. Apenas algumas mesas estão ocupadas. Uma moça está sentada no balcão aguardando o pedido e na mesa ao lado, três amigos. Sobre a mesa xícaras de café, já vazias, jornais com as notícias do dia e no rosto a felicidade de estar ali, na companhia um do outro. O ambiente tem cheiro de café passado, uma mistura de aromas que traz tranquilidade.
Para marcar o Dia Internacional do Café, a Folha do Mate conta a história dos amigos integrantes do ‘escritório do Vicente’. O espaço que ganhou o nome de um dos amigos, é uma cafeteria do centro da cidade.
Essa é uma forma de congregar e sempre ter algo para fazer, já que somos aposentados
Quando o relógio marcar 9h30min, de segunda a sexta-feira, os amigos Vicente Garcia, José Francisco Carvalho e Inácio Orci Lücke, e outros conhecidos, se encontram no ‘escritório do Vicente’ para saborear um café e colocar o papo em dia. A rotina é mantida, rigorosamente, há mais de uma década.
Alguns se deslocam até o local a pé e outros, de carro, apenas por uma hora. “é necessário ser nesse horário, pois é nosso momento de trabalho, quem não vem tem corte no relógio ponto ou em outros benefícios”, brinca Vicente. Aposentados, os assuntos debatidos no local são os mais diversos. “Menos fofoca”, diz Vicente.
A xícara de café é pequena para a quantidade de assuntos. Conforme José Francisco, às vezes, são debatidos, na conversa, os problemas do Brasil e até mesmo do Rio Grande do Sul. “Essa é uma forma de congregar e sempre ter algo para fazer, já que somos aposentados”, aponta.
O ‘escritório do Vicente’ é um estímulo para que os amigos não percam o vínculo e saiam, diariamente, de casa para ver pessoas diferentes. Questionados sobre o que as esposas acham sobre o encontro, José Francisco diz: “Elas chegam a dizer “olha a hora do café”.
O jornal com as notícias do dia é folheado pela primeira vez na cafeteria, apenas após o encontro ele é lido por todos em casa.
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