Hospitais da região buscam saúde financeira

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THAMY SPENCER / ADICentenas de dirigentes de hospitais e trabalhadores na saúde protestaram em frente ao Piratini, na capital
Centenas de dirigentes de hospitais e trabalhadores na saúde protestaram em frente ao Piratini, na capital

Os hospitais gaúchos já viveram dias melhores. Com menos dinheiro em caixa, alternativas têm sido buscadas. Em Venâncio Aires, o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) teve que captar recursos em bancos para manter o equilíbrio financeiro. O Hospital Doutor Anuar Elias Aesse, de Boqueirão do Leão, acumula déficit de mais de R$ 200 mil. Fala-se até na possibilidade dele fechar as portas. Já em Passo do Sobrado, o hospital reduziu serviços e diminui funcionários.

Este cenário culminou com um protesto de dirigentes de hospitais de diferentes cidades do interior e funcionários da saúde realizado na manhã de ontem, 13, em frente ao Palácio Piratini, no Centro de Porto Alegre, pediu, mais uma vez, que o governo apresente uma proposta de pagamento de repasses por atendimentos pelo SUS.

Segundo a Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do RS, que representa 245 estabelecimentos no Estado, se não houver acordo essas unidades buscarão reduzir o volume de atendimento pelo Sistema único em quase 9% este ano. Será o equivalente a 4,6 milhões de procedimentos a menos, entre exames diagnósticos, principalmente, ambulatoriais e internações.

“Cada hospital terá que discutir uma redução da assistência”, disse o presidente da Federação, Francisco Ferrer, informando que a crise dos hospitais vem da diferença entre o que custam os atendimentos e o que é pago pelo SUS. Ele afirmou que a situação piorou com a suspensão de repasses suplementares (o chamado cofinanciamento, existente desde 2002) pelo governo do Estado.

Para chamar a atenção do governo, a entidade entregou ontem ao secretário da Casa Civil, Márcio Biolchi, um relatório sobre a situação. O mesmo documento foi entregue ao presidente da Assembleia Legislativa, Edson Brum.

Conforme a Federação, ficou acertado que a partir da próxima semana uma solução será buscada em conjunto, em reuniões a serem feitas entre secretarias (Casas Civil e Saúde), Federação, Frente Parlamentar de Apoio às Santas Casas e Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia.

A próxima mobilização deverá ocorrer nacionalmente e está marcada para 4 de agosto, reunindo 1,7 mil hospitais. Do governo federal, os hospitais querem atualização da tabela paga pelo SUS. Também nesta data, os estabelecimentos entregarão ao governo federal a quantidade de atendimentos que poderá não ser feita.

Mais informações na edição impressa desta quinta-feira, 14

 

    

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