Ela chegou. Estou nos ‘enta’. Nome de filme? Ah sim, comédia dirigida por Judd Apatow, com atores como Paul Rudd, Leslie Mann, John Lithgow, estreou em 2012, e eu… bem, foi em 2015. Mas tudo bem, poucas ou muitas são as nossas semelhanças.
Estar com 40 pode não significar tempo, mas afinal o tal ‘enta’, que minha mãe falava quando eu ainda era criança, não sairá mais de mim, pelo menos enquanto eu viver.
Uma ruguinha a mais ou o ‘pé de galinha’ mudam um pouco a imagem no espelho. A epiderme se torna diferente e as expressões na pele, em especial no rosto, mais fortes e evidentes.
Uma dificuldade a mais em perder àqueles quilinhos também, mas fora isso é um ciclo de idades que se encerra para outro começar. Ah e tem o óculos que, para mim, já não é mais novidade, pois minha vista já estava cansada mesmo antes do 40.
Mudar de idade, nesta fase da vida é encaminhar-se para outro ciclo, mais maduro se relacionado a estabilidade psíquica, mais resistente no que se refere a segurança e às mudanças.Piaget diz que “…nas almas mais sadias, o fim do crescimento não determina, de modo algum, o começo da decadência, mas sim, autoriza um processo espiritual que nada possui de contraditório com o equilíbrio interior”.
A tal ‘idade da loba’ popularizado na década de 90, parte de estudos de que as mulheres de meia-idade são mais ativas sexualmente. Um estudo realizado pela Universidade de Hackensack, nos Estados Unidos, liderado pela cientista Debra Fromer e publicado no periódico British Journal of Urology, em 2011, mostra que as pessoas do sexo feminino entre 31 e 45 possuem uma vida sexual melhor do que o grupo de mulheres que vão de 18 a 30 anos. Na Turquia, pesquisa encomendada pela revista britânica Top Sante, mostra que mulheres acima dos 40 testemunham o melhor momento sexual de suas vidas. Confiança sexual? Talvez, ou maturidade em saber o que querem na cama e em compartilhar com o parceiro os seus desejos e fantasias.
Os sonhos da juventude (período que penso que vem antes da meia-idade) se modificam até mesmo na denominação e passam a ser vistos como possibilidades, desafios, do tipo: ‘Eu vou fazer isso ou aquilo”. Filhos criados, situação financeira estável e amadurecimento provocam mudanças no estilo de vida e também questionamentos do tipo: ‘O que eu fiz de minha vida até agora?’. Então vêm os novos planos a desmistificação de algumas ideias e posturas sobre os fatos da vida.
Para Margarida Vieitez, no livro ‘O Melhor da Vida começa aos 40’, mediadora familiar e de conflitos, o melhor da vida pode começar aos 40. “Uma idade de mudança, de oportunidades, de renascimento. Uma idade em que ainda é possível encontrar e viver um grande amor. Por isso parabéns! Nunca é tarde para ser feliz”
Então sejamos bem-vindas aos 40!