Quanto às culturas, os maiores problemas que são perceptíveis é com relação às pastagens de inverno. A falta de chuvas regulares e com volumes significativos afeta o estabelecimento das cultivadas e no desenvolvimento das nativas e perenes implantadas. Além do calor registrado durante alguns dias no início de maio, que acabou prejudicando o azevém recém-germinado, a falta das pastagens, tanto das cultivadas quanto das perenes, está reduzindo a disponibilidade de alimentos para os bovinos de leite e de corte. “E à medida que se vai entrando no inverno e com o aumento do frio e geadas, vai acarretar em redução na produção destas duas atividades”, observa Vicente Fin, chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar.
A outra preocupação, conforme e engenheiro agrônomo, e que tange à questão ambiental no que diz respeito à reposição da água no lençol freático, onde está havendo o enfraquecimento das vertentes, dos próprios banhados e dos açudes, tanto na criação de peixes quanto na dessedentação de animais e em muitos casos, para consumo humano. A água armazenada e destinada para irrigação também começa a se tornar deficiente.
No que diz respeito a perdas de culturas de verão, como o milho safrinha, por exemplo, Fin observa que elas são localizadas e não vão ter influência representativa na média de grãos. Nesta cultura, as perdas mais significativas estão relacionadas ao milho tardio destinado para silagem, milho verde (espigas) e para pasto, que de certa forma é plantado sob risco e fora do zoneamento.
Fin acentua que a estiagem também vem prejudicando as frutíferas, como os citros (laranjas e bergamotas) e o caqui. As frutas serão de menor tamanho e as afetadas por doenças ou picadas por insetos, estão caindo antes da época normal.