E se tivesse fim o sistema de fichas na saúde?

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Foto: Alan Faleiro / Folha do MateAtualmente, disponibiliza-se determinado número de fichas por profissional e população tem que se organizar em fila para a distribuição
Atualmente, disponibiliza-se determinado número de fichas por profissional e população tem que se organizar em fila para a distribuição

Mudar a gestão das fichas para consultas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Estratégias de Saúde da Família (ESFs). Esta foi uma das propostas apontadas como prioritárias na 7ª Conferência Municipal da Saúde, realizada na semana passada. A ideia surgida no evento foi de abolir as fichas e trabalhar com a demanda de atendimento durante o horário que o médico está na unidade.

Lançada a proposta, fica a pergunta: Ela é viável e pode vir a ser colocada em prática em Venâncio Aires? O fato é que volta e meia se discute a possibilidade de haver mudanças no atual sistema de distribuição de fichas, que em alguns casos ainda exige horas na fila para que os usuários do Sistema único da Saúde (SUS) obtenham o direito a uma consulta.

Como afirma o prefeito Airton Artus, a ideia para substituir o sistema de fichas nos postos de saúde é implantar o agendamento, sendo o objetivo mudar esse sistema no próximo ano. Como acrescenta, é preciso aguardar um pouco, pois o Governo Federal reduziu o repasse de recursos financeiros para a área. Ele também cita que, só no primeiro semestre, foram realizadas 85 mil consultas nos postos de saúde, número maior que a população de Venâncio Aires, de aproximadamente 70 mil habitantes.

A secretária-adjunta municipal da Saúde, Rosane da Rosa, lembra que a proposta de mudar a gestão das fichas para consultas nas UBSs e ESFs foi bastante discutida dentro dos grupos de trabalho da Conferência da Saúde. “é uma ideia que nós também queremos implantar, de modo a melhorar a atenção básica, mas estamos com pouca cobertura de Saúde da Família.”

AMPLIAçãO DAS ESFs

Rosane menciona que o Município ainda trabalha para implantar a sua quinta equipe de ESF, mas a situação deve melhorar quando as ESFs do Gressler, Tabalar e Mariante estiverem em funcionamento. “Então, a implantação da proposta depende muito desse nosso avanço na área da Estratégia de Saúde da Família, que tem essa sistemática diferenciada de o médico estar lá na unidade o dia inteiro.”

Como reforça Rosane, trata-se de um pedido, “uma proposta bem interessante”, mas que para ser colocada em prática depende da ampliação das equipes de ESF, bem como de uma mudança cultural tanto dos profissionais da saúde quanto dos usuários do SUS.

Pelo atual sistema, como citado por Rosane durante a Conferência, há médicos com carga horária de duas horas para atender 14 fichas, mas que acabam fazendo isso num tempo inferior. Ela salienta que trabalhar com a demanda de atendimento durante o horário que o médico está na unidade possibilitaria que o profissional prestasse mais consultas nesse período que fica vago, além de ser uma fórmula de estimular um atendimento menos objetivo e mais atencioso.Mais informações na edição impressa deste sábado, 4

    

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