Chuva alivia a situação, mas não é suficiente

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A chuva vinha sendo aguardada há várias semanas. Os mais de 60 mm verificados no fim da noite da terça-feira, 29, e início da madrugada de ontem, trouxeram alívio no que corresponde às culturas, principalmente para as pastagens de inverno. Porém, ainda não são suficientes para reverter o principal drama vivido pelos produtores rurais, que é a falta de água para dessedentação animal e humana. Para reverter este quadro, é necessário que chova no mínimo, 200 mm em um curto período. Para um longo período, porém, são necessárias chuvas constantemente nos próximos meses e dentro das médias mensais normais, qual seja, 150 mm.

A falta de chuva, associada às temperaturas elevadas, estendeu o veranico, o que de certa forma traz problemas, principalmente para as culturas perenes, no caso das frutíferas. “Este fator vai desregular as variedades das rosáceas, ou seja, pêssego, ameixa e pera, que ainda não tiveram a queda das folhas e ainda não armazenaram horas de frio, que é determinante para a floração na saída da primavera”, explica o engenheiro agrônomo e chefe do escritório municipal da Emater/RS-Ascar. Vicente Fin observa que caso agora o inverno não se normalizar com bastante frio, o florescimento das plantas será desuniforme. No caso dos citros e do abacate, o veranico favoreceu o início da floração e caso ocorram geadas intensas, vai acabar afetando os frutos.

No caso das pastagens de inverno, Fin frisa que houve um atraso no estabelecimento e em muitos casos, não houve nem o plantio pela falta de umidade. Para aquelas que já foram instaladas, com as chuvas de agora, haverá a recuperação, porém, se tornou muito curto o período para implantar as pastagens para cobertura de solo e adubação verde, haja vista que o tabaco e o milho superprecoce são plantados a partir do início de agosto.

GRANIZO

Enquanto por um lado, a chuva aliviou um pouco a situação da estiagem, por outro, ela veio acompanhada por uma forte incidência de granizo. Conforme informações do soldado Lisonir do Corpo de Bombeiros, a guarnição local atendeu uma chamada ontem de madrugada na localidade de Centro Linha Brasil, onde o produtor teve o telhado da casa destruído. Ontem pela manhã, a guarnição socorreu mais um morador da mesma localidade e mais um de Linha Antão Alto, e todos  foram atendidos com lona preta.

Além das perdas materiais como a destruição dos telhados das residências, galpões e paióis, o granizo ainda causou estragos nos alimentos de subsistência, no caso, das hortaliças e a pastagem de milho mais tardio.

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