Plagiocefalia e Braquicefalia: atenção para o formato da cabecinha do bebê

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Ao olhar para Joaquim Weber, 6 meses, não há como resistir: é encantamento à primeira vista. O meninão de expressivos olhos azuis distribui sorrisos e simpatia para quem estiver por perto.

Mais do que o bom contato social, o bebê também serve como exemplo para muitas famílias. Isso porque, aos três meses de idade, os pais Ana Paula Riedel e Huillian Roberto Weber dos Santos perceberam que havia alguma diferença no formato da cabecinha do filho.

Durante as consultas de rotina com o pediatra, o casal questionou sobre o fato, e foram informados que alguma assimetria era ‘normal’ nos primeiros meses de vida. Mesmo com a resposta, Ana Paula e Huillian buscaram a opinião de um neuropediatra, que passou a mesma informação.

O casal, não conformado com o retorno dos profissionais, buscou informações na internet. Foi quando encontraram blogs, posts, e relatos de mães que já haviam passado pela mesma dúvida.

Nestas pesquisas descobrimos que poderia se tratar de assimetria craniana (Plagiocefalia e Braquicefalia),causada pelo apoio excessivo de uma região da cabeça durante a fase de crescimento rápido, quer seja ainda no útero da mãe, seja nos primeiros meses de vida.

Quando o achatamento compromete toda a região posterior da cabeça, alargando as regiões laterais e eventualmente elevando a ponta da cabeça (o chamado ‘cocuruto’), recebe o nome de Braquicefalia. Já o alongamento excessivo do crânio, muito mais raro, chama-se Escafocefalia.

Após perceberem a possibilidade de se tratar de uma assimetria, os pais de Joaquim procuraram tratamento na região e no estado, mas a única clínica especializada no Brasil fica em São Paulo. Após uma consulta de avaliação, ficou constatado que o bebê é portador de assimetria craniana do tipo plagiocefalia e braquicefalia posicionais.

Desde lá, o pequeno tem realizado o tratamento corretivo, o qual consiste em usar 23 horas por dia a órtese craniana (capacetinho) confeccionada sob medida, e que deve ser ajustada de 15 em 15 dias, com intuito de moldar o crescimento craniano. O objetivo é normalizar o formato do crânio.

Segundo Ana Paula, os cinco primeiros dias de uso são os mais difíceis, pois é o período de adaptação. é necessário tirar e colocar a órtese várias vezes por dia, com horários controlados para aumentar o tempo de uso gradualmente. “Nesta fase ele ficou meio irritado com o fato de colocar e tirar de hora em hora o capacete”, recorda a mãe. Após, o uso se torna contínuo (23 horas por dia) por três ou quatro meses.

O Joaquim já teve uma melhora significativa, visível ao olhar. Faz 45 dias que iniciamos o tratamento, e está melhor a cada dia que passa.

O alerta para os pais diz respeito ao prazo para início do tratamento, ou seja, até o primeiro ano de vida. Esse é o momento em que ocorre acelerado crescimento craniano, ao mesmo tempo em que as suturas cranianas ainda estão abertas, possibilitando o direcionamento e moldagem do formato da cabeça do bebê.

Foto: Divulgação / Tudo & TodasNo Brasil, há apenas uma clínica especializada em São Paulo
No Brasil, há apenas uma clínica especializada em São Paulo

Ana Paula e Huillian ressaltam ainda que o tratamento não é feito somente por um problema estético. A Plagiocefalia e Braquicefalia estão diretamente relacionadas a problemas de oclusão dentária, perda de campo visual, e maior dificuldade no aprendizado escolar, quando diagnosticado em maior grau.

Nosso objetivo é alertar os pais para que fiquem atentos para o formato da cabecinha de seus bebês, e na maneira em que os bebês ficam posicionados na hora de dormir ou até mesmo nos carrinhos ou bebê conforto, onde algumas crianças passam várias horas do dia deitadas na mesma posição, sem conseguir se movimentar e mudar de lado.

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