
Em assembleia realizada na quarta-feira da semana passada, com a aprovação e presença de pessoas da comunidade, profissionais do Posto de Saúde do bairro Macedo decidiram que não farão mais atendimento por fichas a partir de terça-feira, 8, mas sim, por acolhimento com classificação de risco. A ideia é que se tenha um atendimento mais humanizado e de acordo com as necessidades das pessoas.
Quem precisar de assistência urgente será atendido na hora, enquanto as demais pessoas terão consulta agendada para um outro momento. De acordo com a enfermeira da unidade, Gésica Graziela Julião, no momento são feitos os dois tipos de atendimentos: com fichas e de acolhimento. A proposta feita à comunidade tem base na política de humanização do Ministério da Saúde que preconiza esse trabalho de acolher as pessoas.
Quem chegar no posto durante o horário de funcionamento, será acolhido e ouvido por algum profissional de saúde. “Nós, com base nos protocolos do Ministério, vamos agendar ou encaminhar a pessoa de acordo com a necessidade dela”, observa a enfermeira.
Conforme Gésica, o atendimento com sistema de fichas é feito da seguinte forma: as fichas são distribuídas na segunda-feira, para todos os dias da semana e em média são dez por turno. A cada dia, no período da manhã, são distribuídas fichas para a tarde. Quem deseja um atendimento de manhã, comparece, muitas vezes, de madrugada no posto para garanti-las. “As pessoas reclamam disso, porque não conseguem fichas. Aconteceu muitas vezes, da 11ª pessoa da fila precisar muito mais de ajuda, mas não recebia assistência por não estar entre as dez”, observa a enfermeira.

DIFERENçAGésica ressalta que, embora a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) trabalhe de forma semelhante ao acolhimento, o que será feito de forma oficial a partir da semana que vem no bairro Macedo se diferencia por alguns motivos. Diferente da UPA, que classifica cada paciente por cor, a qual indica o tipo de necessidade, também solicita que a pessoa permaneça no local até ser atendida. No posto de saúde não haverá classificação por cor. Quando se perceber que a pessoa pode esperar até o dia seguinte para receber assistência, uma consulta será agendada e o paciente volta em outro momento.
O novo posto de saúde do bairro Gressler, por exemplo, conforme a enfermeira, já começou a trabalhar nessa sistemática de acolhimento.A enfermeira ressalta que uma vez por mês uma assembleia é organizada para a comunidade no próprio posto de saúde. Na oportunidade, são avaliados os pontos negativos e positivos dos trabalhos realizados e o que pode ser melhorado. A comunidade pode expressar opinião e oferecer sugestões.