O homem que atirou contra três pessoas dentro de um salão onde ocorria um baile, no bairro Battisti, disse que está à disposição da Justiça para que o caso seja esclarecido. Em um relato encaminhado à Folha do Mate, Luiz Antônio Veiga Gonçalves, 29 anos, pede desculpas aos familiares das vítimas e aos seus familiares. Ressalta que não tinha a intenção de agir daquela maneira, mas que diante dos fatos, não teve outra alternativa. O incidente resultou na morte de uma pessoa e ferimentos graves em outras duas.
Gonçalves, conhecido no meio esportivo onde atua como árbitro de futebol, era um dos seguranças do baile realizado sábado à noite, no salão da comunidade Menino Jesus. Por volta das 2h30min de domingo, ocorreu uma confusão envolvendo os irmãos Altair, 35 anos, e Isair da Silva, 32 anos, mais o amigo Claudiomiro de Souza, 45 anos.
Relato de pessoas que estavam no local contam que os seguranças queriam colocar os três amigos para fora do salão. A confusão teria se iniciado por causa de uma mulher. Outras pessoas teriam se revoltado contra os seguranças, aumentando a confusão.
Neste momento, Gonçalves foi para trás do balcão do bar. O desentendimento prosseguiu e ele teria sacado um revólver e atirado para cima. Isair tentou investir contra o segurança e foi atingido no tórax, caindo. O irmão Altair saiu em sua defesa e também foi atingido no peito. O outro tiro feriu Claudiomiro. Doro, como Altair era conhecido, morreu momentos depois. Isair permanece internado no Hospital São Sebastião Mártir. Claudiomiro recebeu alta.
O pai de Doro, o aposentado Ivo Luiz da Silva, 63 anos, denuncia que o filho faleceu devido à demora no socorro. “Ao invés de socorrerem meu filho, se preocuparam em chamar mais seguranças. Por isso morreu de hemorragia interna, alí mesmo”, disse.
Depois do incidente, o segurança foi para dentro de uma sala, onde funcionava a bilheteria, e aguardou a chegada da Brigada Militar.
Confira na edição impressa de 14/05/2012 a carta enviada por Luiz Antônio Veiga Gonçalves.
