O prefeito Airton Artus viajou para Brasília na noite de segunda-feira. Na terça e ontem ‘brigou’ por lá pela liberação de R$ 7,5 milhões para pavimentação de 54 quadras no bairro Coronel Brito e volta hoje para assinar convênio entre Município e Estado para aquisição de equipamentos para a UTI.
Selvino Heck, que trabalha no gabinete da Presidência da República, assessorou Artus em Brasília e ao mandar a coluna ontem me conta bastidores: “O Airton passou na minha sala ontem à tarde (terça-feira) todo desanimado, acompanhado do Nelson Motta, gaúcho de Rio Pardo que cuida dos recursos dos municípios dos Estados do Sul na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Por problemas burocráticos, os recursos para a Coronel Brito poderiam estar perdidos. Como moro no mesmo prédio onde mora o Arno Augustin, Secretário do Tesouro Nacional, e falei com ele sobre o tema há poucos dias quando nos encontramos no prédio, procurei a Chefe de Gabinete dele, que falou com o Airton, e parece que as coisas podem ser revertidas.
Nestas horas, ter alguém em Brasília que conhece o pessoal do governo que é do Rio Grande tem seu valor. Tudo na boa, sem ‘lobiesÂ’ nefastos. Só o que se pode fazer na lei e no bom senso”. escreve Selvino que sempre é citado pelo prefeito Airton Artus como ‘embaixador de Venâncio em Brasília’.
Artus ontem a tarde já estava em Porto Alegre para assinar convênios com o governo do Estado. Disse que nada ficou definido em Brasília sobre os R$ 7,5 milhões Ele acredita na liberação, mas revela que ainda não tem nada certo.
G-20 e Rio + 20
Selvino complementa que em Brasília dois eventos dominam o cenário: “Aqui se respira mais que tudo G-20, reunião dos Chefes de Estado no México semana que vem, e na Rio+20. Os dois acontecimentos acabam interligados por causa da crise econômica europeia e pelo fato de ambos os encontros reunirem muitos governantes. Estou indo pra Rio+20 amanhã (hoje) e fico até o dia 22: muitos debates e painéis onde vou participar, seja da Rio+20, seja da Cúpula dos Povos.
Ainda há controvérsias sobre os resultados de ambos os encontros, se mais ou menos positivos. O momento não é dos mais favoráveis para grandes avanços, porque os países ricos – EUA, Alemanha, entre outros – não querem marola nesta altura do campeonato e muito menos querem ceder em políticas de desenvolvimento, questões ambientais, etc. Vamos ver o que vai acontecer e no que vai dar.
Depois, é se preparar pra agosto, ‘mês do cachorro loucoÂ’, onde vai ter de tudo: CPMI, julgamento do chamado mensalão, início do processo eleitoral. Tudo como o diabo (e os jornalistas) gosta”, escreve Selvino.