No mês de abril e maio, durante todas às sextas-feiras à noite, o vocalista da banda venâncio-airense Maquinados, Thomás Lenz, participou do curso ‘Behind The MusicÂ’, promovido pela produtora Perestroika. De acordo com o site, a música é um ambiente multifuncional que não vive apenas de notas musicais e boas canções. Produção, distribuição, imprensa, financiamento, vários segmentos compõe o mercado atual da música. Grandes gravadoras perdem seu poder, artistas independentes alcançam o estrelato e empresas financiam conteúdos musicais relevantes. A compreensão deste cenário será através da ótica de grandes nomes da música brasileira. Os professores do curso foram nomes renomados da música brasileira: o rapper Emicida, o músico Lobão, o produtor Miranda, o editor chefe da Rolling Stone Brasil, Pablo Miyazawa, diretor de arte da Noize, Rafael Rocha, o músico João Brasil e o gerente nacional de cultura da Red Bull, Otávio Sampaio.
Thomás acredita que as pessoas tem que acreditar e se dedicar aos próprios sonhos. “Quando tu acredita em alguma coisa tu tem que se dedicar, e não esperar algo dos outros. Por isso, um dos artistas que mais me prendeu a atenção, no curso, foi o Emicida, justamente pelo fato de ele ter chego onde chegou sozinho, é muito empreendedor” conta.
“Existem muitas formas de se ganhar dinheiro com a música, não somente tocando, mas para isso, tem que se dedicar”, acrescenta.
O vocalista diz que todas às vezes em que retornava de lá a cabeça vinha com um turbilhão de ideias, “A cabeça voltava a mil, cheio de ideias… Tive a oportunidade de conversar com o Sampaio, gerente da Red Bull, e isso me fez enxergar que a empresa que patrocina tem que fazer a diferença, e não fazer somente ‘um logo’, tem que deixar uma marca no nome”, acredita.
De acordo com Lenz, a música tá dentro da publicidade, “Elas estão interligadas. às vezes um jingle não precisa falar o nome da empresa, a própria melodia já consegue identificá-la”, diz.
O curso foi de grande importância para pessoas de estilos e gêneros diferentes, “O mais interessante e legal do curso foi que eram estilos totalmente diferentes, e ver que cada um cresceu na sua área. A troca de experiência é muito importante”, diz Lenz.
Lenz acredita, dentro da realidade de cada um, que as pessoas conseguem ser mais empreendedoras, “acredito que nós, dentro da nossa realidade, conseguimos fazer coisas legais, ser criativos e acima de tudo, empreendedores. Nós conseguimos divulgar, temos acessibilidade aqui na cidade, mas para isso, temos que melhorar a qualidade”, enfatiza.
O curso foi em forma de bate-papo, apresentações de slides e tudo na língua inglesa. Para aprender mais a parte técnica, Thomás fez no mês passado um curso em Lajeado, com o técnico Ricardo Vidal, do Rappa.
