A Biblioteca é um mundo encantado. é onde ‘Era uma vez’ torna-se verdade e o ‘Felizes para sempre’ existe. Porém, nas prateleiras alguns espaços ‘andam’ vagos. Para quem cuida, diariamente, é como se faltasse um pedaço daquele grande coração de histórias.
E é esse o sentimento da bibliotecária Rosália Costa, da Biblioteca Municipal Caá Yari. Com a proximidade do fim do ano, chegou a hora de colocar, mais uma vez, a Semana do Perdão em ação para tentar trazer de volta as 118 obras que faltam somente de 2015 no espaço. Fora esses, ainda ‘passeiam’ pelos cantos de Venâncio Aires outros 115 livros, resultados dos anos de 2013 e 2014. Sem contar a caixa com fichas desde 1992 quando Caá Yari está no atual prédio.
Entre os títulos retirados neste ano estão ‘Coração de Tinta’, ‘O Pequeno Príncipe’, ‘A última Música’, ‘Menino Maluquinho’ e outros tantos. E o mais agravante dentro dessa extensa lista, são aquelas obras que iniciam uma trilogia. “Não dá pra ninguém começar a ler a série porque está atrasado o primeiro”, conta a bibliotecária.
Além disso, a não devolução acarreta em outros ‘contras’ para o espaço de leitura. Pois, antes de incluir na lista novos títulos para fazerem companhia para os outros 12.867 mil é necessário repor esses volumes que faltam, possibilitando assim, a leitura para sócios que, às vezes, precisam esperar na fila.
Devolver não ‘dói’, afinal, outras tantas obras esperam para serem descobertas e folheadas. Para aqueles leitores que possuem um exemplar, dois ou três atrasados, a Semana do Perdão ocorre de 16 a 31 de dezembro, sendo uma oportunidade para fazer a devolução. Afinal, não é necessário pagar os R$ 0,50 cobrados diariamente pelo atraso. é só levar um litro de leite dentro do prazo da validade para cada obra que você possui atrasada. A cada cinco revistas ou gibis é um litro de leite, também. O horário de funcionamento da biblioteca,
que está em turno único, é das 7h30min até as 15h.
Antes da Semana do Perdão, os sócios com livros atrasados recebem cartas, ligações, mas alguns mudaram de endereço e de telefone, dificultando o contato. “Mas, alguns conseguimos contato e eles falam que vão esperar pela Semana mesmo”, relata.
De acordo com Rosália, é importante as pessoas terem mais consciência e entenderem que o bem público é de todos. “ Ao contrário do que as pessoas pensam de que um bem público não é de ninguém. Eles não podem beneficiar uma pessoa apenas.”, completa.