Condenado por um dos crimes mais bárbaros registrados em Venâncio Aires, Thomé José Noll está de volta à cadeia. Com 32 anos de idade, estava foragido do sistema prisional e foi preso pela Brigada Militar, na segunda-feira à noite, na cidade de Gravataí, região metropolitana de Porto Alegre.
Ainda adolescente, o então morador do bairro Coronel Brito protagonizou um crime que chocou a população venâncio-airense. Ele passou a ser investigado depois que uma menina, na época com dez anos de idade, desapareceu do bairro Macedo, onde morava com a família.
O corpo da menina foi localizado dia 31 de outubro de 2004. Estava parcialmente queimado, dentro de um ‘capão’ de mato, localizado às margens da RSC-453, distante cerca de um quilômetro do trevo de acesso à cidade.

O fato foi amplamente divulgado e Noll figurava como um dos suspeitos, mas as investigações não avançavam. Foi então que o frentista de um posto de combustíveis ligou para a Polícia Civil e informou que no dia em que a menina desapareceu, vendeu um ‘litrão’ com gasolina para Noll.
Estava montado o quebra-cabeças e a prisão dele era questão de tempo. Ele foi encontrado na manhã do dia 11 de novembro, próximo à escola 11 de Maio, no bairro Coronel Brito, e preso. Na época, foi encaminhado ao Presídio Central, em Porto Alegre. Na primeira audiência, 45 depois, negou qualquer envolvimento no caso, apesar das provas contundentes.
Em depoimento, Noll descreveu o crime. Disse que andava de bicicleta pelo bairro Macedo, quando viu a vítima e a convidou para dar uma volta de bicicleta. Inocentemente, ela aceitou e nunca mais voltou ao convívio dos familiares.
Noll a levou para o local onde o corpo foi localizado pela Brigada Militar, a estuprou, a matou e depois jogou gasolina e ateou fogo. No entanto, a queima foi parcial.
Levado a júri em 31 de julho de 2006, Thomé Noll foi condenado a 28 anos e seis meses de reclusão pela prática de homicídio, estupro e destruição de cadáver.