Ao fazer referência à inserção de pessoas com algum tipo de deficiência às escolas de ensino regular e ao mercado de trabalho, utiliza-se o termo Inclusão Social. Também é utilizado o termo quando há pessoas consideradas excluídas que não têm as mesmas oportunidades dentro da sociedade. Existem leis específicas para cada área, como a das cotas de vagas nas universidades que tratam de pessoas com deficiência.
Conforme deliberação do Conselho Estadual de Educação, que fixa normas para a educação de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, deve ser assegurada ao educando a formação básica, satisfazendo as condições requeridas por suas características e baseando-se no respeito às diferenças individuais e na igualdade de direitos entre todas as pessoas. Ainda frisa que o atendimento educacional aos alunos com necessidades educacionais especiais deve ser feito nas classes comuns das escolas, em todos os níveis de ensino.Para que a inclusão seja realizada dentro de uma escola, é necessário que o trabalho seja executado dentro de toda a instituição. O grupo escolar tem de compreender as dificuldades do aluno, para assim se adequar ao processo de inclusão. Contudo, não são todas as escolas que estão preparadas para receber alunos especiais. “Ao pensarmos em adaptação de grande porte (estrutura física, banheiros, mobiliário, rampas de acesso, entre outras), ainda há muito o que se fazer. A acessibilidade física ainda é um grande obstáculo da inclusão social, não somente nas escolas, como em todos os ambientes sociais, calçadas e ruas”, fala a educadora especial do Centro Integrado de Educação e Saúde (Cies) Cíntia Gomes.
Para a educadora, a mobilização para a inclusão tem que vir de todos. “Toda a articulação intersetorial a fim de implementar políticas públicas educacionais”, completa. Ainda afirma que é preciso uma mudança de paradigma. “Mudar o currículo, métodos, pensamentos, e isso é muito complexo. Exige treinamento, aceitação, busca, informação e pesquisa”, explica Cíntia. Em relação à aceitação do aluno incluso, é grande a dificuldade, tanto para os próprios pais como para os de outros alunos. “Para os pais, a elaboração do luto em relação à expectativa do filho perfeito, quando o mesmo é diagnosticado com alguma deficiência, é um processo muito difícil que exige muita paciência, manejo, orientação e apoio psicológico”, conta a educadora. Contudo, as crianças, em geral, aceitam tranquilamente o colega com deficiência.
CIES
O Centro Integrado de Educação e Saúde está à disposição dos educadores para esclarecer dúvidas ou orientá-los em relação ao trabalho realizado na sala de aula com os alunos inclusos. “Isso pode acontecer com agendamento prévio para atendimento com o profissional desejado”, específica Cíntia.