‘Sapinho’ é apontado como chefe do bando
O delegado Paulo César Schirrmann concluiu e encaminhou ao Poder Judiciário, ontem à tarde, o inquérito policial que apura a maior apreensão de drogas já feita na história da polícia gaúcha. Além das três pessoas que foram presas em flagrante no dia da operação, outras quatro foram indiciadas por tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico. Entre elas, o venâncio-airense apontado como o ‘cabeça’ do esquema, que segundo a polícia já movimentou milhões de reais.
Com três volumes e 500 páginas, o inquérito apura que o chefe da quadrilha é Osni Valdenir de Mello. Sapinho, como é conhecido este venâncio-airense de 50 anos, está foragido. No mesmo dia em que a Polícia Civil de Venâncio Aires e a Defrec de Santa Cruz do Sul ‘estouraram’ o sítio que funcionava como centro de distribuição de drogas da região, no interior de Candelária, ele sumiu.
A polícia sabe que naquela tarde, Sapinho passou por Florianópolis, em Santa Catarina. De lá, há informações que saiu do Brasil, indo provavelmente para o Paraguai ou para a Bolívia. é deste país que provinha parte da droga encontrada no sítio, na localidade de Linha Curitiba. Mais de 35 quilos de cocaína pura apreendidos tinham a inscrição ‘Totto’, droga que, segundo a polícia, é produzida na Bolívia e distribuída para a América do Sul, principalmente para o Brasil.
Além de Sapinho, outras três pessoas que revendiam a droga foram indiciadas. “Mas não vamos divulgar o nome delas, pois pretendemos representar pela prisão preventiva destas pessoas”, explicou o comissário Antônio Schaefer, responsável pelo inquérito.