Ao receber uma encomenda, ao comprar um fogão, uma geladeira, ou eletrodomésticos, geralmente eles vêm revestidos em embalagens de papelão. Já pensou de onde vem este material? Quem produz, como são feitas?
Uma das fábricas de embalagens fica no interior de Venâncio Aires. Há mais de dez anos, a família Simon investiu na iniciativa e hoje, mantém carta de clientes e fabrica, em média, em determinadas épocas do ano, em torno de 20 mil embalagens por mês.
Localizada em São José da Travessa, Marlise e Ronei Simon, pais de Carine – que estuda na Escola Estadual de Enino Médio Frida Reckziegel, de Linha Travessa, onde a Folha do Mate esteve com o projeto Folheando – são os proprietários. Embora Ronei não tenha deixado a atividade na indústria de Violões Roos, que fica próximo de sua casa na localidade, quem toca mesmo o trabalho é a esposa Marlise. Ela conta que iniciou as atividades no ano de 2004, em um quarto da casa, fazendo as embalagens especialmente para a fábrica de violões. Com o tempo, investiram em máquinas, construíram um pavilhão especial e atendem mais clientes. Marlise explica que o papelão vem em forma de chapas abertas e cabe à empresa fazer a dobradura, o corte, a moldagem e a impressão necessária para identificação das caixas e dos produtos conforme a necessidade. “ Para chegar até aqui tivemos um alto investimento só com esta máquina (Bicolor Tograf) que nos permite realizar o trabalho com mais facilidade”, explica a proprietária. Ela recorda e mostra o tempo em que usava máquinas que dependiam de força e da atividade manual para funcionar.
Marlise faz o trabalho sozinha na empresa e estima que sejam feitas de 2 mil a 5 mil caixas por semana. O proprietário Ronei diz que definiu abrir a empresa em função de que, pelo que sabem, é a única neste segmento no município. Por outro lado, lamenta que as empresas deste ramo, que vem de fora do município e que possuem uma estrutura maior, acabam por conseguir fazer o produto com valores muito abaixo da média e confirmando com os clientes o produto que poderia ser feito na própria cidade.
Os projetos da família Simon são muitos, mas por enquanto, dizem que pretendem aguardar para fazer novos investimentos e ampliar o negócio.