Ao mesmo tempo que o outono embeleza as paisagens com um colorido que chama atenção, as folhas que caem são um serviço a mais para quem precisa manter a calçada ou o pátio limpos. O aposentado Hilário Angnes, 75 anos, é um exemplo de quem varre a calçada de casa todos os dias pela manhã, trabalho que ele faz com muito gosto.
Para ele o serviço é sagrado e leva apenas 15 minutos para estar pronto. Em média, Angnes recolhe da calçada cerca de um quilo de folhas por dia e todas elas são jogadas em um espaço reservado do próprio pátio, onde elas viram adubo. Segundo ele, na rua em que mora, todas as pessoas colaboram com a limpeza e, devido a isso, nenhum boeiro chegou a ser entupido. ‘Seu’ Angnes conta que a maioria das folhas das árvores já caíram e, por isso, desde ontem, o serviço tem ficado mais leve.
Limpeza da cidadeDe acordo com a assessora da secretaria do Meio Ambiente de Venâncio, Thaís Brum, de segunda a sexta-feira cada uma das duas praças principais do município têm um funcionário fixo da Prefeitura para realizar a limpeza dos locais e o recolhimento das folhas. Os profissionais têm uma carga horária de trabalho de oito horas diárias e ficam responsáveis por fazer a limpeza durante todo este tempo. O material recolhido é encaminhado para o aterro de galhos da Prefeitura. Nos fins de semana e nos feriados, por exemplo, o serviço de varreção das ruas centrais de Venâncio é terceirizado pela Prefeitura.
Segundo Thaís, as pessoas que varrem as próprias calçadas podem colocar as folhas no lixo orgânico, mas o ideal é fazer a compostagem do material. “A compostagem de folhas é muito simples e não dá odor. Se a pessoa não tiver uma composteira, ela pode colocar em um canto ou fundo do pátio”, comenta.
A profissional ressalta que é comum algumas pessoas varrerem as folhas em boeiros, mas isso causa um entupimento e, como consequência, pode provocar alagamento. Segundo ela, quem é pego em flagrante pode ser punido e levar uma multa de R$ 186 a R$ 1.860, de acordo com a gravidade da situação. “O nosso objetivo não é punir ninguém. A gente só pede que as pessoas tenham consciência”, acrescenta.
