Incentivos para melhorar a estrutura de produtores e iniciativas no meio rural são as demandas elencadas pelos representantes dos 15 municípios do Baixo Vale
do Rio Pardo para integrarem a cédula de votação da Consulta Popular 2016/17, que ocorre nos dias 5, 6 e 7 de julho.
A definição das dez prioridades, entre as 24 disponíveis por oito secretarias do Estado, ocorreu na assembleia microrregional, realizada na tarde desta quarta-feira, 8, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), pelo Conselho Regional de Desenvolvimento do Vale do Rio Pardo (Corede/VRP). Agora, estes programas se juntam aos 10 elencados na região Centro-Serra, que realiza sua assembleia microrregional dia 13. Depois disso, no dia 23 de junho, a partir das 9h, na Unisc, a Sala 101, serão definidos os 10 programas, entre os 20, que constarão na cédula de votação. Na eleição, o eleitor poderá votar em uma demanda apenas. Depois, as três ou quatro demandas mais votadas serão as contempladas com os recursos. A definição de quanto cada demanda eleita receberá, assim como quantas serão contempladas (se três ou quatro), também ocorre no dia 23.
O presidente do Corede/VRP, Heitor álvaro Petry, enfatiza que mesmo tendo sido elencadas demandas ligadas ao meio rural, a cidade de forma indireta será beneficiada. “A maioria está ligada ao fomento ao setor rural, com o objetivo de fortalecer a economia rural, o que impacta no desenvolvimento da área urbana.”
Durante a definição das demandas, a inclusão da área da saúde gerou polêmica. “A diretriz está diretamente ligada a aquisição de equipamentos, o que não é a primeira necessidade dos hospitais. O que falta hoje é custeio para desenvolver as atividades.”
O valor total de recursos que o processo 2016/17 prevê para a região do Vale do Rio Pardo é de R$ 1.862.126. O processo, segundo Petry, exige atenção, para que nenhum recurso seja perdido, como em anos anteriores. “O recurso já é pouco, por isso precisamos aproveitar integralmente esse valor que nos foi disponibilizado. Quem não valoriza o pouco, não merece o muito. Então não podemos perder recurso por falta de mobilização, por alguma questão técnica ou de enquadramento.” O presidente do Conselho ainda lamenta que “o desestímulo gerado aos eleitores pelo não repasse dos recursos ao longo dos anos é um fator da diminuição dos mesmos nas eleições. Por isso, a grande cobrança que os Coredes tem feito é que a população vota e depois os recursos não vem. E hoje o passivo de governos passados é grandioso. E a posição do atual governo é de que vai dispor menos recursos, mas vai cumprir e repassar os destinados para cada região.”
Demandas eleitas pelo Baixo Vale do Rio Pardo- Apoio para acesso a internet e a telefonia no meio rural; – Redes elétricas trifásicas para a agricultura familiar;- Incentivo ao uso e a geração de energia por meio de fontes alternativas e melhoria da qualidade da energia no campo;- Apoio ao desenvolvimento da produção leiteira e da pecuária familiar;- Apoio à cadeia produtiva do leite e da pecuária de corte;- Apoio à agroindústria familiar; – Apoio e ampliação da infraestrutura rural (no qual integra a demanda de redes de abastecimento de água);- Arranjos produtivos locais (conjunto de empresas, produtores e instituições que mantêm vínculos de cooperação);- Qualificação e financiamento da rede de atenção (Aquisição de equipamentos para hospitais de Referência Regional com mais de 70 leitos);- Desenvolvimento da pesca artesanal e da aquicultura;
