A reunião da última segunda-feira voltou a registrar ataques coléricos de vereadores contra a imprensa, especificamente contra a Folha. Celso Kramer (PTB), com quem tinha conversado na tarde de segunda-feira, civilizadamente, logo depois foi a tribuna denunciar aos berros que a Folha estaria perseguindo sua família por ter noticiado que o nome do seu filho saiu numa lista de assessores da assembleia em reportagem de jornal da capital. Zecão (PMDB) enumerou matérias que poderiam e que não poderiam sair no jornal. Marcolino Coutinho (PTB) chamou de “coitados” os repórteres que cobrem a seção e disse que era ilegal o relatório de obras do governo municipal que circulou no jornal, como circulou nos governos anteriores também, inclusive o do PTB, sem problemas.
Com tantos assuntos importantes na comunidade que deveriam ter atenção dos vereadores, ele gastam seu tempo, que é pago com dinheiro público, para discutir o que sai na imprensa. Diante dos ataques desmedidos, especialmente deste trio de vereadores, a Folha avalia sua retirada da cobertura no legislativo durante a campanha.
O presidente do Legislativo, Paulo Mathias Ferreira ainda fez referência de maneira insinuosa ao fato do prédio antigo da Folha ter sido alugado para o governo municipal. Como já foi divulgado logo após a negociação, desde que o jornal anunciou a construção da nova sede, em 2009, o primeiro pedido de preferência para alugar os três pisos do edifício que fica próximo ao Centro Administrativo Municipal, foi do prefeito Airton Artus. O valor de R$ 12 mil mensais foi definido através negociação após consulta ao setor imobiliário e é abaixo do preço de mercado. Negócio transparente, como deveriam ser todos.