Cães também podem ter hepatite

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Foto: Divulgação Hepatite não tem predileção racial ou sexual e costuma ocorrer até um ano, mas pode afetar animais em qualquer idade
Hepatite não tem predileção racial ou sexual e costuma ocorrer até um ano, mas pode afetar animais em qualquer idade

Assim como nos seres humanos, os cães também não estão livres de terem hepatite. Quando se fala em hepatite canina, por exemplo, o tipo mais comum é a hepatite infecciosa canina. O veterinário Luciano Frozza explica que a doença não tem predileção racial ou sexual e costuma ocorrer até um ano, mas pode afetar animais em qualquer idade. Contudo, não dá para esquecer de que cães não vacinados são susceptíveis à hepatite.

De acordo com o veterinário, é uma doença contagiosa apenas entre cães e não atinge o ser humano, ou seja, não pode ser considerada uma zoonose.

A infecção se dá por via oronasal (boca ou nariz), quando atinge, primeiro, as amígdalas e depois ocorre a disseminação para a maior parte dos tecidos. A saliva e as fezes, por exemplo, são os meios infectantes mais comuns, mas o vírus pode ser eliminado na urina por até seis meses.

Sintomas da doençaO profissional ressalta que os sintomas dependerão da gravidade da doença, que está relacionada ao estado imunológico do animal. Na forma superaguda, a morte se dá em horas do contágio devido a colapso vascular.

Na forma aguda, percebe-se sintomas clássicos de hepatite, como vômito, febre, diarreia, hepatomegalia (aumento do fígado), dor abdominal, efusão abdominal. Na forma tardia, os sintomas mais comuns são os oculares, edema de córnea (olho fica azulado), o que pode progredir para glaucoma.

Frozza explica que é necessário fazer o diagnóstico diferencial de outras formas de hepatite, pois existem vários tipos: hepatite bacteriana, tóxica, por leptospirose, fúngica, granulomatosa, fulminante por vírus da parvovirose e da cinomose. “é muito importante fazer esse diferencial. Para tanto, são necessários exames como hemograma e bioquímica de sangue, urinálise, testes sorológicos para detecção do agente viral, radiografias e ultrassonografia”, sugere.

TRATAMENTOO veterinário comenta que o tratamento necessita de internação hospitalar, pois é necessário suporte hídrico contínuo. Muitas vezes, também é preciso fazer transfusão de sangue e administração de uma série de drogas, além do monitoramento constante das funções hepáticas, renal e do sistema vascular.

A única forma efetiva de prevenir a doença é por meio da vacinação, realizada com vacinas de qualidade comprovada e sob supervisão de médico veterinário.

No local em que trabalha, Frozza comenta que a incidência de hepatite infeciosa canina é baixa, em função dos clientes já terem uma grande preocupação com os pets e, em função disso, manterem as vacinações em dia. “Os casos de hepatite mais comuns estão relacionados com leptospirose e de animais não vacinados”, complementa.

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