Resenha: Esquadrão Suicida

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“Os piores dos piores”. é assim que Amanda Waller apresenta os membros da Força-Tarefa X a seus colegas de trabalho, e essa é uma bela – se não ótima – descrição deste filme.

Esquadrão Suicida tinha tudo para dar certo: estrelas famosas, personagens amados pelo público e trailers recheados de ação e momentos engraçados. Porém, com um filme tão aguardado como este, o estúdio e produção podem facilmente perder a sanidade mental em busca de cumprir as expectativas para que o filme dê certo.

Resumidamente, o estúdio Warner Bros ficou receoso com a reação negativa que Batman vs. Superman recebeu e decidiram reescrever, regravar e alterar o tom de várias cenas do filme – o mesmo filme que já estava na metade do processo de edição e montagem.

O resultado final é uma mistura grudada com inserção de músicas, fita adesiva e cola quente do que parecem dois filmes diferentes – a jornada do esquadrão a partir da metade do filme faz parecer que estamos seguindo outra história. Fica o pensamento: será que teremos uma versão alternativa quando o filme sair em Blu-ray em DVD?

Não consigo parar de pensar que a história apresentada aqui onde um dos membros fica incontrolável e vira o vilão seria mais impactante se este fosse o segundo ou terceiro filme em uma série, não o primeiro. Mal conhecemos os personagens direito, então sentir algo por eles é incrivelmente difícil – e fica mais complicado ainda com as introduções apressadas.

Por falar nos personagens, Arlequina parece uma cópia de papelão de si própria: a aparência é similar, mas a personalidade extravagante e doentia que apaixonou milhares de pessoas desde sua primeira aparição na série animada não está presente. O Coringa de Jared Leto teria encaixado melhor como uma aparição surpresa, ou talvez se nem aparecesse.

A vilã Magia, uma bruxa com mais de seis mil anos que habita o corpo da arqueóloga June Moone e a possui sempre que seu nome é dito é uma das personagens mais interessantes, porém a sensação de que boa parte de suas cenas foram cortadas fica presente durante o filme inteiro.

Seu plano – libertar seu irmão Incubus e fazer com que a humanidade volte a idolatrá-los como antigamente – nunca é esclarecido, então quando Incubus é derrotado e Magia é destruída tudo cai por terra já que nada foi propriamente estabelecido para começo de conversa.

Acredite, eu gostaria muito de falar bem sobre Esquadrão Suicida, mas não tem como. O único propósito que este filme cumpre fielmente é o de entretenimento irracional, e olha lá.

Agora só nos resta aguardar pela estreia de Mulher Maravilha ano que vem e esperar que esse seja o filme que salvará o Universo Estendido da DC Comics no cinema.

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