Entenda como ocorre um afogamento, causa da morte do ator Domingos Montagner, de Velho Chico

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No final da tarde de ontem, 15, o Brasil inteiro ficou de luto após a confirmação da morte do ator Domingos Montagner por afogamento. A notícia foi divulgada oficialmente após autoridades encontrarem o corpo, que estava preso às pedras a 18 metros de profundidade, no rio São Francisco. 

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E a morte do ator traz à tona, novamente, uma questão de segurança: mergulhar em águas desconhecidas e turvas não é brincadeira. Os danos podem ser permanentes – quando não fatais.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, o afogamento é umas das maiores causas de mortes violentas no mundo, ao lado dos acidentes de trânsito. Além disso, o Ministério da Saúde alerta que isso ocorre devido à distração, ingestão de remédios ou bebidas alcoólicas antes de nadar, acidentes com embarcações, ações de animais marinhos, desconhecimento do local de mergulho, excesso de confiança e exaustão de nadadores.

Foto: Divulgação / Tudo & TodasDomingos Montagner, de 54 anos, morreu afogado no rio São Francisco na tarde de ontem, 15 de setembro
Domingos Montagner, de 54 anos, morreu afogado no rio São Francisco na tarde de ontem, 15 de setembro

A causa da morte do ator, como confirmado, foi a permanência embaixo d’água, o que levou-o a ingerir água em excesso e, consequentemente, ao afogamento. Já foi comprovado que ficar submerso por cerca de quatro minutos causa graves danos cerebrais, e, por seis, então, pode levar à morte.

Além disso, o afogamento em água doce é diferente – e mais rápido – do que o afogamento em água salgada. Isso ocorre porque a composição da água doce se aproxima muito da do corpo humano, o que leva à absorção e à entrada na corrente sanguínea mais rapidamente (de cerca de dois a três minutos). Assim, os glóbulos vermelhos incham e estouram, o que causa a falha de órgãos generalizada. Já a água salgada, no entanto, dificulta a absorção, pois o sal deixa o sangue mais grosso e, ao invés de inchar, os glóbulos ‘secam’ (isso pode ocorrer de oito a dez minutos). 

Outro fator que pode ter levado o ator à morte foram as pedras onde o corpo ficou preso. Normalmente, quando alguém se afoga, os pulmões enchem de água, e, por isso, o corpo afunda. Pouco tempo depois, bactérias causam fermentação e enchem o corpo de gases, fazendo-o flutuar e boiar na água. No caso de Domingos, por ter ficado preso às rochas, o corpo afundou e não retornou mais à superfície. 

Ainda, mesmo que a vítima saiba nadar, quando percebe que está se afogando acaba reagindo com um comportamento biológico típico, chamado de ‘resposta instintiva’. A ‘resposta instintiva’, porém, não ajuda: o pânico paraliza o corpo; os movimentos não são mais voluntários – e, sim, automáticos; os membros ficam rígidos e esticados; e a boca se abre, numa tentativa desesperada de conseguir ar para boiar. Assim, portanto, a vítima acaba não tendo nenhum tipo de consciência nessas situações, o que pode acelerar o processo de afogamento. 

As pessoas tendem a pensar que, para haver afogamento, é preciso ingerir uma grande quantidade de água e estar em um local profundo. No entanto, às vezes basta estar na água – mesmo que rasa – para ocorrer uma tragédia desta proporção. Alguns fatores específicos, aliás, quando reunidos, podem ser a causa do ocorrido, como de fato foi com Domingos Montagner.

Fonte: Fatos Desconhecidos

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