Festas de 1ª Comunhão movimentam mercado local

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Foto: Divulgação .
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Bolos em formato de bíblia, salão de festas com vários convidados e um ambiente repleto de decorações são algumas das características das confraternizações realizadas em virtude das Comunhões (para os católicos) e Confirmações (para evangélicos). Contudo, vale ressaltar que a tradição é regional, já que cidades mais distantes não têm o costume de fazer grandes eventos para comemorar essa etapa religiosa da vida. Festas assim mobilizam a população e, ainda, movimentam o mercado.

Conforme o padre da Paróquia São Sebastião Mártir, João Alberto Konzen, a Comunhão, também chamada de Primeira Eucaristia, é um dos sacramentos de iniciação na vida cristã, ou seja, é algo que aproxima as pessoas de Jesus Cristo. O padre explica que a igreja nunca colocou regras de que é preciso, de fato, fazer uma festa para comemorar a Primeira Eucaristia. O propósito é, depois da celebração na igreja, reunir a família para confraternizar em harmonia e união, sem luxo. Neste ano, a paróquia realizou 320 comunhões de setembro até agora e 72 delas ocorreram apenas na Igreja Matriz.

Na opinião de Konzen, o que ocorre é que algumas pessoas têm passado um pouco dos limites e feito festas com alto custo e repletas de ostentação. “São gastos grandes que não são necessários e não fazem parte do caminho de fé. A Comunhão significa a simplicidade que brota de Cristo, mas isso está se perdendo”, comenta. O padre ressalta que anos atrás a Primeira Eucaristia era feita aos domingos de manhã, mas a maioria, agora, é nos sábados, às 18h, principalmente em virtude das pessoas terem o interesse de realizar festas que vão até mais tarde. “Muitas festas se perderam no luxo”, reforça.

INICIAçãO DA FéDe acordo com o padre, aos 9 anos o jovem passa a realizar a iniciação cristã e, por volta dos 11, faz a Comunhão. Durante dois anos, ele recebe acompanhamento da paróquia e aprende os valores da religião, a importância de Deus no cotidiano das pessoas. No primeiro ano, ocorre a catequese familiar, em que os próprios pais ou responsáveis participam e passam a retomar os ensinamentos bíblicos, mandamentos e a importância da família no cotidiano do jovem.Após a comunhão, aos 15 anos, é realizada a Crisma, que significa a confirmação da fé. “A Eucaristia é a idade de acolher essas crianças com coração puro”, complementa. Com o intuito de trabalhar a simplicidade e a noção de que todas as pessoas são iguais perante Deus, Konzen explica que durante a celebração na igreja todos os jovens vestem um jaleco branco. Embaixo do jaleco, as meninas podem ou não usar vestido e, os meninos, terno.

Existe motivo para celebrar

Conforme a pastora da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana em Venâncio Aires, Rosângela Beatriz Hünemeier, as confirmações ocorrem sempre no fim de março e no início de abril. Apenas neste ano, foram realizados três cultos de Confirmação. Diferente dos católicos, os evangélicos não realizam a Crisma. A pastora ressalta que a festa é o momento do encontro da família e a Confirmação é um motivo para celebrar. “Ela não deixa de ser um rito de passagem. Marca etapa importante da vida e momentos assim são festejados”, explica.

Contudo, Rosângela comenta que festas de Confirmação não precisam ser grandiosas: “Pequenas comemorações, na intimidade da família, na proximidade dos mais achegados, feitas em casa mesmo, também são muito legais e significativas”. Segundo ele, na palavra ‘confirmação’ esconde-se a palavra ‘firme’, ou seja, por meio dos encontros e do culto de Confirmação, Deus quer fazer as pessoas firmes na fé, esperança, amor e solidariedade.

INCENTIVO DOS PAIS

Prova de que as Confirmações e Comunhões mobilizam as pessoas e ainda são tradição está no número de trabalhos realizados pelo fotógrafo Rafael Costa. Segundo ele, a movimentação em virtude dessas comemorações já se inicia bem antes de ocorrer a celebração na igreja, porque há quem não abre mão de fazer as lembrancinhas e os convites que exigem, na maioria das vezes, fotografias.

O profissional, que chegou a fotografar 20 festas nos meses de setembro e outubro, acredita que elas apenas se mantêm, porque existe muito incentivo dos pais e demais pessoas da família. Durante as fotografias, o que não pode faltar são os registros dos bolos decorados, jovens com a Bíblia Sagrada ou eles em sinal de oração.

Ao falar em bolo, não se pode deixar de lado o trabalho das confeitarias, que também percebem um aumento nas vendas em virtude das festas. De acordo com a proprietária de uma confeitaria de Venâncio, Elsônia Papen, mais conhecida como Neca Papen, os bolos no formato de Bíblia Sagrada, com cachos de uvas e cálices, são os mais procurados. Neste ano, também nos meses de setembro e outubro, foram vendidos 30 deles, além de outros bolos sem decoração específica. Sinal de que as festas envolvem um número maior de convidados está no tamanho dos bolos comercializados: cada um deles tem 50 fatias.

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