Fim de semana é o mais violento do ano no RS

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O trânsito do Rio Grande do Sul foi o mais violento do ano. Entre a sexta-feira e o domingo, 26 pessoas perderam a vida em acidentes de tânsito. Os números superam os registrados no feriadão do Carnaval, quando 18 pessoas morreram. O fim de semana também contabilizou 14 assassinatos.

De todas as mortes no trânsito, 14 vítimas eram ocupantes de automóveis, seis tripulavam motocicletas, três foram atropeladas, duas andavam a cavalo quando foram atingidas por veículos e uma digiria um trator.

O acidente mais grave foi registrado domingo, por volta das 8h15min, na ERS-153, entre os municípios de Passo Fundo e Ernestina, no norte do Estado. Cinco pessoas morreram na colisão entre um Citröen Air Cross, com placas de Passo Fundo, e um Palio Weekend, de Erechim, e outras três ficaram feridas. A tragédia ocorreu após a colisão frontal dos veículos.

Willian Paulo dos Santos Petri, 23 anos, e Lucas Jonas Voltan, 21 anos, ocupantes do Pálio, morreram no local. As outras três vítimas moravam em Passo Fundo e viajavam para Soledade, onde participariam de um congresso das Testemunhas de Jeová. Morreram Cleusa Reni Urruth Aguiar, 50 anos, Eloísa Cardoso Vargas, 69 anos, e Delise Ferreira Cargnino. O acidente foi presenciado por outras Testemunhas de Jeová, que viajavam em comboio.

A colisão frontal deixou outras três pessoas feridas. Vinícius Aguiar, 21 anos, que conduzia o Citröen, e Vitor Oliveira Aguiar, 16 anos, caroneiro do veículo, além de Lucimar Paulo Osaki, 14 anos, ocupante do Pálio. Com a colisão, o Pálio incendiou. O Citröen foi arremessado para fora da pista.

Em Pelotas, por volta das 14h30min de domingo, um rapaz de 19 anos morreu depois que o Ford Fiesta onde ele seguia de caronar, rodar na pista e ser atingido por outros dois veículos. O acidente ocorreu no quilômetro 61 da BR-392, próximo à ponte sobre o Canal São Gonçalo, que liga Pelotas a Rio Grande. A vítima fatal é Guilherme Gottems Soster, filho da oficial de justiça Anelise Gottems, que por anos atuou na comarca de Venâncio Aires.

Na região, o acidente mais grave foi registrado domingo à tarde, em Estrela. Wilson Alves Fonseca, 55 anos, perdeu o controle sobre o Fusca que conduzia pela BR-386 e capotou. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal de Lajeado, o motorista foi arremessado para fora do veículo e morreu na hora. Elza Locatelli Fonseca, 53 anos, esposa da vítima e única passageira do Fusca, ficou presa às ferragens. Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital de Estrela, onde se recupera.

ATROPELAMENTOS

Dados divulgados no site do Departamento de Trânsito (Detran/RS) mostram que 197 pedestres morreram nas ruas e estradas gaúchas no primeiro semestre deste ano. Apesar do número elevado, ele revela uma redução de 8,4% das vítimas. No ano passado, no mesmo período, foram contabilizados 215 vítimas de atropelamentos.

Em Venâncio Aires, dois pedestres morreram nos primeiros seis meses de 2012. O número é igual ao registrado durante todo o ano passado.

Segundo o diretor técnico do Detran/RS, Ildo Mário Szinvelski, a solução para o problema passa por uma mudança cultural e de mentalidades. “Hoje, nos países mais desenvolvidos, já ocorre um movimento em direção a formas de deslocamento sustentáveis, como o ciclismo e o que está sendo chamado de pedestrianismo, o deslocamento a pé. Nessa linha, áreas consideráveis dos centros urbanos estão buscando restringir o acesso de veículos automotores, gerando ilhas de tranquilidade e silêncio em meio às grandes metrópoles.”

Enquanto essa tendência não se concretiza no Rio Grande do Sul, Szinvelski diz que a ideia é ampliar o que já está sendo feito: blitze de educação e fiscalização, como as Operações Balada Segura e Viagem Segura. “Sem dúvida, é preciso que toda a sociedade aprenda a conviver melhor no trânsito. Estamos convencidos de que, à medida que todos, pedestres, ciclistas, motociclistas, motoristas de pequenos veículos e motoristas de cargas pesadas se conscientizarem da importância de seu papel na proteção das outras pessoas que estão circulando no espaço público, estaremos assistindo ao início de uma nova era de paz no trânsito, quando os índices de acidentalidade envolvendo pedestres tenderão a zerar”, acrescenta.

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