Alemanha: experiências vividas de peito aberto

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A enfermeira Camila Finkler, 26 anos, conta que sua mudança para a Alemanha ocorreu em meio ao turbilhão de sentimentos pós-formatura. Ela conta que estava naquela busca incessante pelo emprego na sua área de formação, mas que as coisas não estavam saindo exatamente conforme o planejado.

Não satisfeita com a situação e sabendo da demanda insuficiente de enfermeiros na Alemanha, Camila decidiu arriscar-se e alçar voo, literalmente. Porém, isso só tomou força, de fato, quando a enfermeira soube que empresas alemãs estavam entrando em contato com universidades brasileiras, e a Unisc era uma delas, procurando enfermeiros para atuarem no país.

“Então, no final das contas, minha vinda pra Alemanha foi um combinado de aproveitar oportunidades, buscar um emprego na área e buscar qualidade de vida.”

Residindo há meio ano no país e se ‘virando’ na língua, Camila relata que uma das coisas mais legais de fazer curso de alemão, é acabar conhecendo pessoas do mundo todo e, assim, aprender novas culturas. Outro aspecto positivo, relatado pela venâncio-airense, é que mesmo as pessoas que não sabem falar o idioma local, consegue se comunicar através do inglês.

Foto: Divulgação / Na Pilha!Castelo de Heidelberg
Castelo de Heidelberg

DIFERENçAS CULTURAIS:

Camila explica que os alemães são super educados, mas que, no entanto, não mais ‘objetivos’. “Por exemplo, se te perguntarem o que você quer de presente de Natal e você, para ser ‘agradável’, responder que não precisa se incomodar com isso, ficará sem presente. Enquanto, no Brasil, você ganharia algo mesmo assim. Alemães objetivos, brasileiros agradáveis!”, destaca a enfermeira.

Um segundo ponto ressaltado por ela, é a pontualidade alemã. Segundo Camila, no transporte público, por exemplo, se você chegar um minuto atrasado na estação, o trem já passou. Além disso, a venâncio-airense salienta que, independente do tamanho da cidade, sempre haverá ruas arborizadas, parques, praças para curtir nas horas vagas com a família ou amigos.

“A cultura do ‘faça você mesmo’ e o quanto isso é valorizado. Cozinhar, manter o jardim em ordem e montar móveis, são exemplos de coisas que os alemães costumam fazer por conta própria, sem considerar isso algo cansativo ou estressante”, revela.

COMIDA E TEMPERATURA:

Sobre a alimentação, Camila comenta que a comida na Alemanha é muito boa, mas que, claro, sempre se sente falta de algo bem brasileiro. Entre elas, a enfermeira destaca: chimarrão, churrasco, galinhada, guaraná, açaí, leite condensado, brigadeiro e pão de queijo. Mas em compensação, de acordo com ela, é possível conhecer inúmeras receitas a base de batata e maçã, além de conhecer muitos ingredientes novos e comer uma comida mais apimentada/temperada.

Foto: Divulgação / Na Pilha!Luisenpark em Mannheim
Luisenpark, em Mannheim

A respeito da temperatura, a enfermeira ressalta que é importante não se enganar, pois na Alemanha também faz calor, muito calor e na maioria das casas não tem ar condicionado. “A parte boa do frio aqui é que os alemães estão preparados para encará-lo. Todas as casas, estabelecimentos e transportes públicos tem sistemas de aquecimento muito bons.”

LOCAIS PARA CONHECER:

Camila indica seu ‘top 5’: Colônia, Berlim, Heidelberg, Mannheim e a região do Boden See, bem no sul da Alemanha. Certamente Munique também estaria na lista, mas, infelizmente, até o momento da entrevista ela ainda não tinha conhecido pessoalmente.

    

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