Não é só futebol. Nunca foi. Nunca será!
Você pode chegar em uma pessoa que não gosta muito de futebol e começar a conversar com ela sobre o esporte, ela provavelmente vai te responder: “ah, são apenas uns caras correndo atrás de uma bola”. Porém, a mobilização, a comoção e as homenagens vistas nestes últimos dias comprovam o contrário. Não é só futebol. Nunca foi. Nunca será. Desculpem-me as pessoas que pensam o contrário (provavelmente elas não vão estar lendo essa coluna mesmo).
Essa semana estamos comovidos, são dias pesados, carregados de emoção. Eu desafio você a olhar algum vídeo das homenagens das torcidas do Atlético Nacional ou da mobilização de diferentes bandeiras na Arena Condá e não se emocionar. Esse esporte mexe comigo, emociona, deixa arrepiado. O que falar desse amor, desse sentimento que começa de fora e floresce por dentro? Um sentimento que atravessa o país, rompe fronteiras e quebra paradigmas.
Admito, em alguns momentos o esporte gera desânimo, atitudes fazem com que haja um cansaço, até pelo fato de atitudes erradas de pessoas que querem se aproveitar dessa paixão. Entretanto, as mobilizações desta semana fazem um efeito reverso. Em um momento de luto, as ações de ajuda à Chapecoense comprovam para alguns caras que não é “apenas um bando de malucos correndo atrás de uma bola por 90 minutos”, isso tudo comprovou que é algo diferente e que vai muito além das quatro linhas.
Por mais que algumas vezes haja um sentimento desmotivador, são atitudes simples que comprovam o quão longe a paixão por esse esporte pode ir.
é difícil explicar como uma nação se envolve com pessoas que nem conhece, que no caso dos brasileiros viam apenas pela televisão e no exterior desconheciam da existência da Chapecoense e seus jogadores.
Esse amor pelo futebol pode ter surgido por influência de nossos pais (como é o meu caso), uns aprendem a gostar e outros se inspiram em outras pessoas. Esse caso da Chapecoense vai brotar o amor de muitas crianças pela equipe catarinense, mas também emociona outros que estão mais distantes.
Quem não sente esse amor pelo futebol, talvez tenha se motivado por pensar nas famílias que perderam pilares, mas não deve ter compreendido o motivo que fez milhares de pessoas irem ao estádio do Atlético Nacional, na Colômbia, e cantar o nome de outra equipe.
Obrigado pai e mãe, por terem despertado esse sentimento em mim. Esse sentimento que me fez ser apaixonado pelo esporte. Esse sentimento que me fez ficar emocionado com as homenagens prestadas ao redor do mundo para a Chapecoense. Esse sentimento que me emocionou ao ver colegas de imprensa morrerem em um trágico acidente e me lembrar das longas viagens de ônibus com as delegações de Assoeva e Guarani pelo Brasil.
Não é só futebol. Nunca foi. Nunca será. #ForçaChape
Um espetáculo de patinação
A dor da tragédia envolvendo a Chapecoense ainda está latente, mas aos poucos vamos seguindo com a rotina dos eventos. Para quem gosta de shows artísticos e de patinação, não pode perder a apresentação de final do ano do grupo Pattins Sul. O evento está marcado para amanhã, no ginásio da Coopeva, a partir das 20h30min. Uma série de apresentações estão programadas e vão encantar o público. Vale a pena conferir!
Rebote
• Infeliz a declaração de Fernando Carvalho relacionando a queda do avião da Chapecoense e a situação do Inter no Brasileirão. é uma pena, gerou a revolta de torcedores do Brasil inteiro contra o Colorado.
• Os brasileiros Daniel Alves, David Luiz, Thiago Silva, Marcelo e Neymar são indicados ao prêmio da seleção de 2016. A cerimônia será realizada no dia 9 de janeiro e vai selecionar os 11 melhores atletas de cada posição.