Na terça-feira, 7, a cantora Madonna recebeu a aprovação da Suprema Corte do Malawi para adotar duas meninas, as gêmeas de 4 anos, Esther e Stella. De acordo com informações cedidas pelo porta-voz do Judiciário malauiano Mlenga Mvula, as gêmeas vivem no mesmo orfanato que David Banda, o menino que a cantora adotou em 2006, vivia, na cidade de Mchinji, centro-oeste do país africano.
Mãe de quatro crianças, das quais duas também são do Malawi (David Banda e Mercy James) e duas são biológicas (Lourdes Maria e Rocco), Madonna é conhecida como uma das maiores doadoras para projetos infantis nesse território. Além disso, ela fundou uma organização humanitária intitulada Raising Malawi, que oferece apoio a órfãos e crianças que se encontram em vulnerabilidade.

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Conhecido como o ‘coração quente da áfrica’, o Malawi, oficialmente República do Malawi, é um país da áfrica Oriental, com cerca de 16,9 milhões de habitantes, dos quais quase metade tem até 14 anos.
Um dos países mais pobres da áfrica (ocupa a 170ª posição entre 187 países, no índice de Desenvolvimento Humano do PNUD, de 2012) e um dos 20 menos desenvolvidos do mundo, o Malawi sofre com a AIDS (quase 12% da população está infectada); com a pobreza extrema (segundo a ONU, mais de 40% da população vive com menos de um dólar por dia); com a falta de alguns recursos básicos (segundo a Fundação Mo Ibrahim, menos de 10% da população tem água encanada) e com os preconceitos (em 2012, o país suspendeu as leis anti-gays, que estavam em vigor desde 2010) e tabus da sociedade (lá, as mulheres são ridicularizadas e discriminadas por causa da menstruação, o que resulta em ausências no trabalho e nas escolas).

Apesar de tudo isso, o Malawi é um país que vive da produção de vegetais e comercialização dos mesmos em comunidades locais e da pesca, que sorri, canta, dança e encanta a todos os turistas que o visitam, através da exaltação de sua própria cultura, e que luta, diariamente, por seus direitos e melhores condições de vida. Para isso, instituições já conhecidas, como a Organização das Nações Unidas e a UNICEF, e fundações africanas, como a African Innovation Foundation e a Ford Foundation, buscam oferecer oportunidades e melhores condições de vida aos moradores da região.
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Fonte: Por Dentro da áfrica