Muitos consumidores ficaram com o ‘pé atrás’ depois da operação ‘Carne Fraca’ ser deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira, 17. A ação colocou em xeque a segurança alimentar dos brasileiros, após a investigação desmascarar irregularidades de grandes empresas na comercialização de carnes para vender produtos adulterados e fora do prazo de validade.

No entanto, alguns consumidores, mesmo com a operação, não deixam de comprar o alimento que está sempre na mesa da maioria dos brasileiros: a carne. Na tarde de ontem, a reportagem foi até um supermercado da área central da Capital do Chimarrão, onde conversou com o aposentado ênio Bienert, de 51 anos. Morador de Mato Leitão, disse que compra carne em Venâncio Aires sem medo. “Temos bons frigoríficos aqui e sabemos a procedência da carne”, observou.

Já o aposentado Vilmar Lírio Weber, de 52 anos, foi categórico em dizer que a procedência da carne o deixa tranquilo. “é de boa qualidade, pois a gente sabe de onde vem”, comentou.

Contudo, a operação gerou desconfiança no consumidor, principalmente, quando não se sabe a origem do produto. Para auxiliar na hora de compra, a Folha do Mate conversou com o professor do Centro Universitário Univates e Engenheiro de Alimentos, Daniel Neutzling Lehn, que explica que a atenção na hora da compra deve ser voltada às informações que constam na embalagem, além do aspecto visual da carne. “O ideal é que a cor seja característica (vermelha), não com ‘manchas’ verdes ou amareladas. O odor é um bom indicador de conservação”, observa. Além disso, outro ponto destacado pelo Engenheiro de Alimentos é referente à textura da carne: “Ela deve ser firme, com a carne cedendo à pressão dos dedos, voltando à condição original após cessar a pressão”.
Outro fator que deve ser levado em conta na hora de compra é o histórico da marca, a experiência prévia, “e basicamente desconfiar de valores muito abaixo de mercado”, alerta. No caso de produtos que contenham carne, como lasanhas, escondidinhos, a dica dele é observar a data de fabricação/validade e a condição.
RiscosComer carne de má procedência pode, de acordo com Lehn, gerar indisposições gástricas e intestinais, além de expor o consumidor ao risco de contaminação pela má qualidade do produto. “Para carne suína o risco inclui o mau preparo, que pode trazer riscos de contaminação”, adianta.
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