Fragmentos do Muro de Berlim estão em exposição no Museu de Venâncio

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Alemanha, 9 de novembro de 1989: data da queda do muro que dividia Berlim entre Oeste (parte ocidental capitalista) e Leste (parte oriental comunista). O paredão tinha uma extensão de 155 km, 3,6 metros de altura, contava com 302 torres e 127 km de cercas com detectores. O muro foi construído no período da Guerra Fria e sua queda representou o poder da democracia, coragem civil e triunfo do Ocidente sobre o Oriente.

No dia seguinte da queda, surgiu a primeira oferta por um segmento do muro feita por um empresário da Baviera. Em seguida, as autoridades do governo da Alemanha viram uma fonte de recursos, já que precisavam de dinheiro em moeda estrangeira. Hoje, existem aproximadamente 140 memoriais e museus dedicados à história do muro e é possível adquirir pequenos fragmentos de concreto com certificado de autenticidade como souvenir. Entretanto, muitos fragmentos são vendidos clandestinamente sem o certificado, ficando difícil saber a verdadeira origem. 

Foto: Rafaela Etges / Divulgação Fragmentos estão expostos no Museu de Venâncio Aires
Fragmentos estão expostos no Museu de Venâncio Aires

No Museu de Venâncio Aires, existem dois fragmentos do muro. Um de 23 centímetros de comprimento e 17 centímetros de largura doado pelo antigo Colégio Nossa Senhora Aparecida, agora Bom Jesus Nossa Senhora Aparecida. O outro pedaço, que é menor, foi doado por Alexandre Schultz. 

Schultz doou o objetivo para o museu nos anos 90. Conforme o auxiliar de acervo do museu, André Josias Pinheiro, a ficha de catalogação registra que no momento que o muro caiu, algumas pessoas pegaram os fragmentos para guardar de recordação, e segundo o que consta no documento, o doador estava lá e também pegou um desses pedaços.

O Aparecida doou o fragmento por meio da irmã Lori Edith Goettems. Lori conta que trabalhava na Secretaria Geral da Congregação das Irmãs da Divina Providência e esteve na Alemanha no ano de 2000. Nessa ocasião, foi para Berlim a turismo na companhia de uma irmã da Congregação que residia na cidade. “O foco do meu interesse foi a questão do “muro”, que eu queria ver com meus próprios olhos e tocar com minhas mãos e saber como foi a queda do muro”, conta. Lori relata que era possível comprar pequenos pedaços do muro e que trouxe o fragmento para o Aparecida logo após voltar da Alemanha, no fim de 2000. 

O museu conta com 14 mil peças e documentos catalogados e esses fragmentos do muro fazem parte da exposição “Giro pelo Mundo”. Junto aos fragmentos, a exposição conta com moedas da República Federal da Alemanha e com moedas da República Democrática Alemã para contextualizar o período de divisão entre o bloco socialista e o bloco capitalista.

* Estagiária voluntária em período de férias

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