Cultivo de soja dispara em Mato Leitão

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Foto: Cristiano Wildner / Folha do MateMaldaner é um dos produtores que se destaca na área de cultivo de grãos
Maldaner é um dos produtores que se destaca na área de cultivo de grãos

A imensidão dourada revela a força de uma cultura muito importante para a economia de Mato Leitão. O cultivo da soja cresce ano após ano no município e atualmente já é o segundo segmento em valor adicionado do meio rural, perde apenas para a cultura suinícola. Apenas em 2017 foram plantados no município – que sustenta o titulo estadual de Cidade das Orquídeas – mais de 1,3 mil hectares. Naquela colheita foram colhidos mais de 6,4 milhões de quilos.

Um dos produtores que se destaca na área de cultivo de grãos é Dionizio Luiz Maldaner, de 54 anos. O produtor rural plantou no ano passado 130 hectares de soja e para a nova safra quer ampliar para 150 hectares. Mesmo com a colheita terceirizada, os ganhos financeiros com a cultura são surpreendentes.

Em seis anos que se dedica ao cultivo do grão já pôde modernizar todo o seu parque máquinas, em especial tratores e implementos agrícolas. Os dois veículos da família também foram conquistados pelo grão. Outra conquista foi o galpão – hoje já pequeno – que foi construído com estruturas metálicas. Também pode construir, nesse período, a sua casa própria, onde mora com a esposa e a filha.

Ele lamenta, no entanto, que a safra deste ano teve muitas perdas pelas condições adversas do tempo que impediram a colheita no momento certo. A produtividade diminuiu 10% em relação a 2017. Mesmo assim, o preço pago pelo grão está compensando para o produtor. A media ficou em 70 quilos por saco colhido. Além de plantar em Mato Leitão, ele possui ainda áreas em Venâncio Aires e Cruzeiro do Sul. Sua produção foi toda despachada para industrias de beneficiamento em Canoas e Encantado.

Foto: Cristiano Wildner / Folha do MateEm seis anos maquinário foi totalmente renovado
Em seis anos maquinário foi totalmente renovado

SAFRINHA

Maldaner possui na safrinha plantados outros 13 hectares de soja, mas para garantir também a rotação de cultura, planta 20 hectares de milho. Já cultivou também trigo, mas o preço atualmente não compensa. “O importante para quem quer empreender nesta área é ter consciência da época correta de plantio. Isso é fundamental”, informa.

Foto: Cristiano Wildner / Folha do MateParque da equipe da Emater/Ascar-RS e da Secretaria da Agricultura que são assistência direta aos produtores rurais
Parque da equipe da Emater/Ascar-RS e da Secretaria da Agricultura que são assistência direta aos produtores rurais

EMATER

De acordo com o chefe da Emater/Ascar-RS de Mato Leitão, Claudiomiro de Oliveira, a instituição – junto com a Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente – tenta assistir todas as propriedades locais. Além de visitas diretas, também auxiliam na composição dos projetos de custeio da lavoura. “Com essa atividade injetamos no município de Mato Leitão recursos extras na ordem dos R$ 10 milhões, que circularam por aqui durante a safra toda”, informa. Os principais agentes de fomento são a Sicredi, Banco do Brasil e Banrisul.

RIO GRANDE DO SUL

A safra de soja deste ano deve injetar mais de R$ 20 bilhões na economia do Rio Grande do Sul, segundo estimativa da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). O valor representa um aumento de 25% em relação ao registrado no ano passado. Já são mais de 17 milhões de toneladas colhidas do grão. A área cultivada é de cerca de 5,71 milhões de hectares.

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