Guarnição da Patrulha Tático Móvel (Patamo) da Brigada Militar de Venâncio Aires prendeu, por volta das 21h30min de segunda-feira, no bairro Brands, um foragido da Justiça. Djalma Alex Cardoso, 21 anos, estava com a prisão preventiva (PP) decretada desde o dia 23 de março. Ele era o único remanescente do bando suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas no bairro Brands, que seguia nas ruas.
Na denomina ‘Operação Bola 8’ da Polícia Civil, sete pessoas foram presas e drogas, joias, uma arma, munição, aparelhos eletrônicos e veículos, apreendidos. Cinco deles estavam com a PP decretada.
Para os agentes da Polícia Civil, Cardoso era um dos responsáveis pela venda de drogas naquele bairro. As investigações apontavam ele como a pessoa que atendia os ‘clientes’ nas madrugadas. Durante o dia havia outra pessoa em seu lugar. “Mas soubemos que dias antes da nossa ação, houve um desentendimento dele com o chefe da quadrilha [Jorge Éberson da Silveira Levino, o Gordo Jorge, 31 anos] e ele foi mandado embora, assumindo outra pessoa em seu lugar”, explicou o inspetor Rodrigo Ethur, que atua no Setor de Investigações (SI).
Segundo o inspetor, a prisão de Cardoso coroa o trabalho de investigação, já que todos que tiveram a preventiva decretada, foram presos. “Sem contar com a apreensão de drogas, uma arma, veículos e outros objetos de procedência duvidosa”, comentou o inspetor.Na casa de Gordo Jorge os policiais também recolheram câmeras de segurança, que eram monitoradas em três pontos diferentes da casa e mostravam toda a movimentação, dentro e fora do imóvel. Em uma das peças foi encontrado um rádio ht, na frequência da Brigada Militar.
SEQUESTRO DOS BENSCom os suspeitos na cadeia, a juiza Lísia Dal Osto decretou o sequestro dos bens dos envolvidos. Entre eles, a titular da 3ª Vara indisponibilizou três imóveis. Trata-se de duas casas no bairro Santa Tecla – onde foi preso Heitor Alexandro Teixeira, 23 anos – e uma no bairro Brands, onde foram presos Gordo Jorge, a esposa Ana Cláudia Lacerda, 30 anos, e Alvandir Soares Borges, 38 anos.
De acordo com as investigações, foi Borges que ficou no lugar de Cardoso. Quando os agentes entraram na casa de Gordo Jorge, ele saiu de um quarto e correu na direção de uma área aberta, nos fundos. Neste local foi apreendido um revólver calibre 38 e munição. Borges não estava com a PP decretada e, por isso, foi preso em flagrante pela posse da arma. Naquela peça também foram apreendidas drogas.
Além destas quatro pessoas, no dia da operação ainda foram presos Rodrigo Barcelos Borges, 38 anos, que morava ao lado da casa de Gordo Jorge; José Alexandre da Silva, 36 anos, que morava quase em frente à casa de Gordo Jorge; e Douglas Michael Schutzler, 19 anos, que se apresentou na Delegacia de Polícia. De todos estes, apenas Schutzler está em liberdade.
Dos sete presos no dia 23 de março, cinco estavam com prisão preventiva decretada. Além de Borges, José Alexandre da Silva foi preso em flagrante. Ele tinha em seu poder cédulas falsas de Real e tentou fugir da abordagem policial. Ainda havia a PP de Cardoso, que naquele dia não foi localizado, passando à condição de foragido.
INDISPONIBILIDADEPara dar fé à sua decisão, a juíza Lísia Dal Osto mandou oficiar o Cartório de Registro de Imóveis, para fazer constar uma cláusula de indisponibilidade dos bens. Assim, até nova decisão, nenhum deles pode ser usado ou vendido.
Afora as três casas, na ‘Operação Bola 8’ os agentes apreenderam quatro veículos. Trata-se de uma Ford Ecosport, um VW Fox e um GM Vectra, que segundo os agentes pertencem a Gordo Jorge; e um Ford Fusion, pertencente a Teixeira. Todos estão recolhidos no depósito do guincho, à disposição da Justiça.
Ao comentar a decisão da juíza, o delegado Felipe Staub Cano disse que esta é uma estratégia adotada pelo chefe de Polícia, delegado Émerson Wendt. “É preciso atacar o patrimônio também”, observou o titular da DP.
