Em uma sociedade que inevitavelmente dita padrões e preconceitos, a rotina da mulher nesse cenário foi sempre de buscar igualdade. E essa igualdade passa não apenas pela comparação com os homens, mas em relação a si mesma. Por uma questão histórica e social, a mulher está atrelada às funções de mãe e esposa, além de profissional.
Embora hoje “os tempos sejam outros”, entende-se que os chamados papéis de gênero estão impregnados culturalmente e muitos vezes não são percebidos. Para a socióloga Cláudia Tirelli, o 8 de março ajuda a refletir sobre essas questões.
“O dia da mulher não é apenas para mandar flores e bombons. Vai além. É para todos pensarmos sobre direitos. Infelizmente, as mulheres ainda não têm as mesmas oportunidades no mercado de trabalho, por exemplo”.

Ao mesmo tempo em que a mulher ainda procura fugir de padrões e regras sociais preestabelecidas, a preocupação deve ser com ela mesma, tendo consciência das próprias necessidades e anseios. Nesse sentido, conforme a psicóloga Daniela Graef, os cuidados com a saúde são fundamentais.
“Se o teu corpo te pertence, a saúde dele começa pela cabeça. O 8 de março talvez ajude a lembrar que a mulher precisou e precisa enfrentar dificuldades, mas não para se igualar apenas ao homem e sim para encontrar seu próprio lugar”.
A psicóloga explica que como a mulher tem a capacidade de realizar várias atividades ao mesmo tempo, ela não pode esquecer de tirar um tempo para si. O desafio, segundo Daniela Graef, é a mulher identificar o que lhe faz bem, para então saber o que precisa para levar uma vida com qualidade.