
O livro de registros do Centro de Atendimento ao Turista ainda tem poucas páginas preenchidas. Na maioria, assinaturas de visitantes de Venâncio Aires que prestigiaram a inauguração do CAT nesta semana. Quando o Centro abriu as portas de fato, a primeira assinatura foi feita por alguém de longe: um morador de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Ele estava na cidade a trabalho, mas não deixou a curiosidade de lado. Ao visitar o CAT, ele queria saber mais sobre a história de Venâncio Aires, os costumes e o porquê da fama relacionada ao chimarrão. A coordenadora do Departamento de Turismo do município, Angélica Diefenthäler, foi quem recebeu o visitante. Na próxima semana, ela terá ajuda de mais duas pessoas no trabalho de orientar aqueles que querem conhecer ou aprender um pouco mais sobre Venâncio Aires.
Ainda em processo de implementação, o Centro de Atendimento ao Turista funciona em uma sala alugada ao lado do museu de Venâncio Aires, junto ao edifício Storck. O local já é um ponto turístico e está próximo da Igreja São Sebastião Mártir, o cartão postal da cidade. Para provocar visualmente quem entra no CAT, a sala conta com peças de exposição cedidas pelo museu. Inicialmente, são objetos antigos, muita erva-mate e vestidos usados por soberanas da Fenachim. “E sempre temos o chimarrão, que é a melhor forma de receber as pessoas no nosso município”, destaca Angélica Diefenthäler. As peças expostas tendem a ser trocadas sempre que houver algum evento ou data comemorativa.
Para auxiliar na didática, por enquanto o CAT oferece materiais de divulgação da Prefeitura, mas a coordenadora do Departamento de Turismo explica que um encarte próprio está sendo formatado e deve estar pronto nas próximas semanas. Nele haverá dados gerais e de eventos, além de mapas e informações sobre a Rota do Chimarrão, hoje o principal roteiro já formatado. “A Rota inclui o centro, como a Igreja Matriz, o museu e as praças; a região dos ervais, entre Linha Travessa e Palanque; e a serra, com a figueira centenária e o mirante em Deodoro”.
Outra ideia é disponibilizar informações através de aplicativos de GPS. Isso, não entanto, não deixa de lado a preocupação com os meios tradicionais, como placas de sinalização e turísticas. “Entre o bairro Santa Tecla até o centro de Vila Deodoro, por exemplo, seriam necessárias cerca de 16 placas. Não apenas turísticas, mas as quem indicam o acesso a outras localidades”, conta Angélica. Nesse sentido, a carência com placas informativas tem a ver com vandalismo e falta de recursos. E é a dificuldade financeira para investir em infraestrutura, a principal razão do já pensado Fundo Municipal do Turismo. Para o presidente do Conselho Municipal de Turismo, Valmor Heck, o fundo serviria para dar esse suporte à infraestrutura. “Por mais que o poder público se esforce e temos de reconhecer que todos abraçam a causa, sempre haverá carências e temos de procurar meios para ajudar na promoção do turismo”.

O investimento em infraestrutura também passa por motivar possíveis empreendedores, pessoas que queiram trabalhar com turismo. “Muitos moradores do interior e líderes de comunidades já nos procuraram, atrás de informações sobre como empreender. Isso é muito bom, porque hoje o turista não quer conhecer só o lugar, ele quer conhecer as pessoas que moram lá, conversar com elas”, salienta Valmor Heck. Ele diz ainda que projetos como o “Redescubra Venâncio” são um bom exemplo de turismo na própria cidade. “O turismo interno já é um laboratório e a criação do CAT motiva a busca por visitantes de fora”.
Atendimento do CAT
A partir de quarta-feira, dia 14, o Centro de Atendimento ao Turista atenderá entre 8h e 18h, sem fechar ao meio-dia. Sempre de segunda à sexta. O telefone para contato é o 51 9 9802 7426.