
Os jovens costumam ter muitos sonhos na ‘bagagem’, mas para Gustavo Henrique Bogorni, tudo que ele deseja é estar curado e “ter bastante saúde no futuro.” Aos 15 anos, o morador do bairro Bela Vista, vem dividindo sua rotina, nos últimos seis meses, entre a casa e o Hospital de Clínicas, em Porto Alegre. É na capital gaúcha que o jovem está internado e tratando-se da leucemia. “Nesses seis meses ele foi pra casa sete vezes, mas ficou no máximo quatro dias em casa e voltou a internar”, conta a mãe, Sidineia, que é quem o acompanha, atualmente, no hospital.Foi em 16 de agosto de 2017 que a família recebeu o diagnóstico da doença: leucemia linfoblástica aguda. Do tipo B, a doença é considerada de alto risco, segundo a mãe.A descoberta ocorreu depois de Gustavo ter passado mal na escola. Ele estudava na escola Wolfram Metzler, onde parou os estudos no nono ano para se dedicar ao tratamento. “Levamos ele no posto de saúde do Gressler e a médica logo internou ele no hospital de Venâncio. Depois mandaram vir uma médica de Lajeado para examinar e ela suspeitava de leucemia e transferiu ele para a pediatria oncológica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre onde foi confirmado o diagnóstico”, relembra Sidineia.Atualmente, ela e o marido Henrique Bogorni, se revezam para cuidar do filho no hospital, pois somente os pais podem acompanhar o paciente no quarto. “Às vezes que ele fica internado durante 30 dias direto, daí revezamos”, explica a mãe. Os pais de Gustavo são autônomos e com a rotina de cuidados com o filho mais novo – Gustavo tem um irmão, de 18 anos, Vinicius Rafael Bogorni – a renda familiar também acaba ficando comprometida. Sidineia trabalha em casa fazendo salgados para vender, enquanto o marido atua no conserto de eletrodomésticos. “Quando ele está internado não tem como trabalhar”, lamenta a mãe.O Sistema Único de Saúde (SUS) cobre as internações e algumas medicações, porém, explica a mãe de Gustavo, a família acaba tendo que comprar alguns remédios quando ele ganha alta.Outro custo que a família acaba tendo são com o transporte de doadores de sangue. Sindineia observa que nesses seis meses, Gustavo precisou de 28 transfusões de sangue e 15 de plaquetas. “Cada vez que ele precisa de doadores nós temos que pagar uma topique para trazer os doadores para Porto Alegre”, compartilha.
O Gustavo falou que a única coisa que ele falaria para as pessoas é que dêem valor à vida e as pessoas que amamos. Ele falou que aprendeu a dar valor às coisas pequenas da vida.”SIDINEIA BOGORNI – Mãe de Gustavo
Galinhada neste sábado para ajudar Gustavo
A família de Gustavo Bogorni promove neste sábado, 17, uma galinhada beneficente, na comunidade Santa Rita de Cássia. O interessados em colaborar, podem adquirir os cartões, ao preço de R$ 9, na loja Loni Variedades, na Agropecuária CL da Bela Vista, no Supermercado Haas ou pelos telefones 999876984 ou 996218323.

