Oportunidades por todo o globo
Encarar um desafio, aprender novos conhecimentos, viver uma nova cultura, turbinar o currículo. Assim podem ser resumidos os motivos para alguém investir em um intercâmbio acadêmico.
E nesta semana, quando a Universidade de Santa Cruz do Sul realiza sua International Week, ou seja, sua Semana Internacional, o Na Pilha! fala sobre as oportunidades que os estudantes podem encontrar para um intercâmbio acadêmico. Leia os relatos, planeje-se, e faça as malas!
Onde encontrar uma oportunidade acadêmica?
Quem deseja encontrar um intercâmbio acadêmico para chamar de seu, deve procurar o setor responsável em sua universidade. A Unisc, por exemplo, possui a Assessoria para Assuntos Internacionais e Interinstitucionais (AAII), a qual fornece orientações, além de divulgar oportunidades promovidas por instituições e governos de outros países.
A estudante Francieli Storch, que nos falou sobre sua experiência na Austrália, explica que, quando resolveu buscar por um intercâmbio, contou justamente com a ajuda da AAII, que logo ficou responsável por organizar os detalhes do seu curso, acolher ela em uma família e organizar todas as etapas da viagem, desde a pré-organização, até o seu retorno.
Como ter uma experiência fora do país
Nem sempre um intercâmbio acadêmico é a primeira possibilidade em todos os casos, seja porque ainda não há domínio suficiente de um segundo ou terceiro idioma, ou mesmo por falta de programas ou projetos imediatos.
Ainda assim, o sonho de um intercâmbio não precisa ser adiado. Há muitas possibilidades para viajar e aprender. Abaixo, listamos algumas ideias possíveis:
– Voluntariado: Viajar para trabalhar em escolas ou instituições beneficientes. Você ajuda as pessoas com o seu trabalho, enquanto pratica o idioma e aprende sobre a cultura local.
– Cursos de idiomas: É possível estudar um idioma, a partir de uma semana de duração, em escolas espalhadas por todo o mundo. As aulas geralmente ocorrem em meio turno, ou pouco mais do que isso, e você pode aproveitar também para fazer turismo.
– Trabalhar: Além dos países que concedem visto de trabalho para estudante (geralmente em períodos mais longos), há também programas específicos para quem deseja trabalhar nas férias da universidade no Brasil. Já pensou em trabalhar em lugares como a Disney, ou mesmo em um cruzeiro? Isso é possível!
Gostou das ideias? Agora é com você! Pesquise oportunidades na internet, converse com pessoas que já tiveram estas oportunidades, e viva o seu sonho internacional!
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Em seguida, conheça alguns cases de estudantes que tiveram a oportunidade de viver a experiencia do intercâmbio acadêmico:
Estados Unidos
Schirley Tostes, 23 anos, estudante de Ciências Biólogicas na Universidade de Santa Cruz do Sul, participou do programa Ciência sem Fronteiras. Seu destino foi os Estados Unidos, onde morou no estado de Rhode Island, e estudou na University Of Rhode Island, durante três semestres.
Shirley conta que os estudos consumiam grande parte do seu tempo, visto que tinha aulas duranta a manhã e à tarde, exigindo muita dedicação da estudante. Ela brinca, inclusive, dizendo que a biblioteca da universidade onde estudava, chegava a ser sua segunda casa.
Com as experiências no exterior, ela relata que se tornou mais independente, aprendeu a ouvir muito mais e resolver problemas com maior paciência.
“As aulas me ensinaram a lidar com improvisos de maneira mais calma e fácil, hoje ser pega de surpresa para apresentar projetos ou solucionar problemas não se torna algo tão desafiador, já que foram tantas situações dessas durante o intercâmbio”, conta.
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Espanha
Estudante do curso de Relações Públicas na Universidade de Santa Cruz do Sul, Letícia Aguiar Santos, 22 anos, escolheu a Espanha como país para sua viagem. Ela destaca a importância no momento da escolha do destino: “é importante uma identificação inicial com a cultura e com a língua local”.
Foi em Segóvia, uma cidade de aproximadamente 60 mil habitantes, que a jovem ficou durante o período de seis meses, equivalente a um semestre de estudos. Ela estudou na Universidad de Valladolid, quando aproveitou para cursar o maior número de disciplinas diferentes de sua instituição do Brasil, como forma de obter diferentes conhecimentos.
“O que aprendi lá fez toda a diferença na minha formação acadêmica. Tenho a sensação que tanto a experiência, quanto o conhecimento adquirido, complementaram muito meus estudos daqui. Principalmente porque pude aprender como a área da Comunicação e das Relações Públicas funcionam na Europa” , relata.
Letícia ainda teve a oportunidade de participar de um Congresso Internacional de Relações Públicas no período que esteve por lá.
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Austrália
Francieli Storch, 21 anos, estudante de Relações Internacionais da Universidade de Santa Cruz do Sul, destaca que o processo para entrar na Austrália é simples: não são exigidas muitas coisas pelo país, apenas o visto australiano, além de ser obrigatório fazer uma carteira da Anvisa, com a comprovação da vacina da febre amarela em validade.
Ela estudou na University of New South Wales, em Sydney, e suas aulas eram na parte da manhã, com intervalos de trinta minutos. Depois da rotina de estudos, estava livre para fazer as atividades que queria, e aproveitava para turistar na cidade.
Para a estudante, o intercâmbio foi uma das experiências mais incríveis da sua vida.
“Conheci pessoas de diversos países, de culturas diferentes, pude trocar ideias e aprender com eles também.Quem tiver a oportunidade de fazer um intercâmbio, vá, pois você aprende bastante e é um conhecimento para vida”, comenta.
Para Francieli, a viagem foi a concretização de um sonho. Ela acredita que o intercâmbio contribuiu muito para sua vida acadêmica, ampliando seus horizontes, pois voltou com mais conhecimento e com inúmeras vivências para partilhar com os colegas.