Vamos concordar que o mundo está precisando de mais positividade, não é? E o que poderia ser mais positivo do que espalhar boas atitudes por aí?
Afinal, reclamar e apontar os erros dos outros é fácil, mas o que estamos fazendo para sermos pessoas melhores? Inspire-se nesta edição, e comece hoje a fazer a diferença na sua vida, e na vida do próximo. O mundo, com certeza, agradece.
Nesta edição do Na Pilha!, a equipe de redação foi em busca de exemplos de quem se dedica a fazer o bem ao próximo, e com isso, traz mais alegria e dinamismo para o seu próprio cotidiano.
Conversa que faz a diferença
Luís Fernando Bergamaschi tem 16 anos e há 6 participa do Leo Clube Venâncio Aires. Sua irmã Paula Bergamaschi foi a incentivadora, pois ela já participa do clube de serviço há algum tempo também. Na época, Luís nunca havia tido contato com instituições do gênero, mas foi em algumas reuniões e campanhas, e se interessou pelo movimento pelo fato de poder ajudar ao próximo. “Sem a intenção de troca, no modo material, mas sempre somos recompensados com um sorriso, que vale mais do que muitas de nossas ações”, completa.
Nos encontros do clube são trabalhadas as ideias de cada um, buscando desenvolver e revelar a liderança através de trabalhos voluntários. Entre as campanhas que o clube realiza, está a arrecadação de alimentos e roupas, ajudando entidades de Venâncio Aires, assim como campanha de materiais escolares para ajudar jovens em vulnerabilidade social. Também, a reforma da pracinha da Casa de Passagem, realizada em parceria com o Lions, foi desempenhada pelo grupo.
Como um momento marcante que já tenha vivenciado no clube e que recorda até hoje, Luís Fernando fala sobre campanhas na Casa de Passagem.
“Um dia estávamos lá e um menino começou a conversar comigo. Durante a conversa, ele perguntou: ‘posso te dar um abraço?’. Ele também falou como sentia falta de um carinho e de alguém que fosse lá para conversar com ele. Eu, então percebi, que não precisaríamos pensar em uma programação para envolver as crianças e os adolescentes. Às vezes, uma simples visita para conversarmos, ouvir o que eles têm para nos dizer, já é uma grande ação que estaríamos fazendo, deixando-os muito contentes”, comentou Luís.
Se você tem interesse em poder viver momentos como esse, e tem idade entre 12 e 30 anos, basta procurar o Luís ou qualquer outro integrante do Leo Clube para participar. Maiores informações se encontram na página do Facebook ‘Leo clube Venâncio Aires’.
O fim de ano mais feliz
Laura Schwarzbold Frantz tem 22 anos e é participante do Rotaract há quatro. Foi na adolescência, quando sua irmã mais velha começou a participar do clube de serviço, que Laura, muito curiosa, perguntava o que o grupo fazia. Como não tinha idade para participar da mesma entidade, a então adolescente ingressou no Interact, e desde então, faz parte desse movimento.
Os encontros acontecem a cada 15 dias, sempre às 14h, na sala do Rotary Club Venâncio Aires, que fica no prédio ‘Centro Profissional Tiradentes’. Entre as atividades mais ativas, estão o ‘café consciente’, que é feito a cada três meses em alguma escola do interior, e o ‘dindinho’, que neste ano teve uma edição especial na Páscoa, mas que normalmente acontece apenas nas semanas que antecedem o Natal. Outro projeto muito importante feito pelo clube, foi a reforma de uma sala de aula na escola Rui Ramos, onde, com a ajuda de vários parceiros, conseguiram doações de materiais de construção.
Sobre um dos momentos importantes que marcaram Laura em sua trajetória no clube, ela relata o Natal Solidário de 2015, um projeto que, segundo a jovem, é um dos mais motivadores para todos do clube, pois vão em uma escola e recolhem cartinhas escritas ao Papai Noel.
“Naquele ano um menino tinha pedido um pinheirinho de Natal, porque na casa dele nunca tinha tido um. Junto com o presente, nós entregávamos bolachinhas de natal. Quando aquele menino abriu o presente, e viu a árvore com os enfeites, ele agradeceu muito e disse que a mãe ia ficar muito feliz. Aí ele olhou para as bolachinhas e disse: ‘eu quero dividir elas com vocês’. Logo nós falamos: ‘não, leva elas pra casa e divide com a tua mãe e irmãos’. Então ele respondeu: ‘Mas eu quero dividir com vocês, por toda essa alegria que vocês trouxeram pra nós nesse fim do ano’. Ali não consegui mais segurar minha emoção”, recorda Laura.
Aqueles que querem fazer o bem e participar do clube de serviço, e têm idade entre 18 e 30 anos, podem entrar em contato com Laura, ou com qualquer outro participante do clube, assim como pela página do Rotatact no Facebook.
Alegria compartilhada é felicidade redobrada
Gustavo Toillier Eugênio tem 16 anos e há 2 e 4 meses faz parte do Interact. O que motivou ele a participar do clube foi a vontade pessoal de crescer, ajudar o próximo e fazer o bem à comunidade.
O clube se organiza em reuniões semanais que ocorrem nas segundas-feiras às 18h, na sala do Rotary Club. Nas reuniões o clube decide as atividades que serão realizadas, como gincanas em escolas, palestras, entre outras. O Interact também desenvolve atividades internas, os festivais de recreação e seminários são algumas das práticas que tiram o ‘interactiano’ da sua zona de conforto.
Questionado sobre um momento marcante que leva consigo em seu tempo de Interact, Gustavo nos diz que umas das suas maiores expêriencias com o clube, foi a primeira atividade realizada,
“ Foi no interior de Mato Leitão, levamos algodão doce, pula-pula, e fizemos brincadeiras interativas. Lá tive o primeiro choque de realidade, vi uma simplicidade enorme, humildade e respeito…me foi dado a oportunidade de conhecer pessoas totalmente diferentes de mim, mas que ao mesmo tempo tinham um propósito igual ao meu: crescer!”, comenta.
Ficou interessado e quer ter mais informações sobre o clube? Se você tem entre 14 e 18 anos, basta contatar qualquer membro da família rotária, em especial do Interact, que vão lhe encaminhar para uma reunião de apresentação do clube. Após isso, o adolescente escolhe se vai querer ou não frequentar ativamente as reuniões.
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Fala aí, psicóloga
Segundo a psicóloga Karine Pezinni, ser voluntário produz no sujeito o processo de empatia (colocar-se no lugar do outro). Junto a isso, aquele que fornece auxílio e apoio ao outro, desenvolve bem-estar, um olhar mais humanizado, e como consequência, se dá conta sobre questões que antes não havia pensado sobre a sociedade, as pessoas e até mesmo de si próprio.
“Ser um voluntário desenvolve habilidades de comunicação, solidariedade, pensar no próximo, compaixão, socialização, adquire-se conhecimento, novas amizades, entre outros aspectos”, enumera a profissional.
Karine acredita que essa construção de indivíduos mais humanizados devem ser construída desde a infância. E na fase da adolescência, quando os jovens estão construíndo suas identidades, subjetividades, conquistando seus espaços e amizades, essa é uma grande oportunidade de crescimento pessoal.