Considerado um sucesso em 2018 e apontado como uma das prioridades do Plano Municipal de Educação de Venâncio Aires, o projeto de correção de fluxo escolar seguirá em 2019. Ele é voltado para alunos com idade superior à série em que estão matriculados e, neste ano, sua retomada é com uma turma bem menor que a do ano passado – queda de praticamente um terço.
Mas essa baixa adesão não é vista como um problema pela Secretaria de Educação. Conforme a secretária Joice Battisti Gassen, esse ‘encolhimento’ seria por um bom motivo. “Olhando por outro ângulo é positivo porque estamos minimizando o número de alunos nessa situação, já que diminuíram os índices de estudantes fora da série correspondente”, explica.
Se em 2018 a correção de fluxo começou com 23 alunos divididos em turmas de 6º e 7º anos, dessa vez são apenas oito, que estão no 7º ano. Conforme Joice Gassen, “os planos Nacional e o Municipal de Educação disciplinam que as redes de ensino devem corrigir o fluxo escolar dos alunos com defasagem na aprendizagem e, por esse motivo, a manutenção da turma com oito alunos se justifica.”
AS AULAS
A turma de 2019 frequenta as aulas na José Duarte de Macedo, a mesma que acolheu o projeto em 2018. Os alunos são da escola anfitriã e também da Otto Brands, Odila Rosa Scherer, Dois Irmãos e Wolfram Metzler.
As aulas ocorrem todas as manhãs e ficam a cargo das professoras Rosmeri Willms Mattie, de Português, Artes e Inglês; Silvania Inês de Carvalho, de Geografia, História e Ensino Religioso; Nára de Brito Helfenstein, de Educação Física e Alice Neumann, de Matemática e Ciências. Conforme Rosmeri, a didática é a mesma do ano passado e um dos objetivos é trabalhar sempre a autoestima. “Eles têm totais condições de aprendizado e precisam entender que são capazes. A turma é pequena, mas todos unidos para conseguir a aprovação e voltar para sua série.”
Sobre trabalhar com menos alunos neste ano, Rosmeri entende que muitos resistem em deixar suas escolas de origem ou simplesmente ignoram o projeto. Mas acrescenta: “É preciso considerar que para participar, não pode ser aluno com laudo. E muitos estudantes nessa vulnerabilidade educacional, tem laudo.”
OS EXEMPLOS
Na sala de aula ao lado onde acontece a correção de fluxo, está o 9º ano. Nela, há seis alunos da José Duarte de Macedo que, em 2018, frequentaram o 7º ano. Com a aprovação, voltaram à série condizente com as respectivas idades. “O desempenho deles é só elogios dos professores. São exemplos para outros alunos que ainda têm dúvida”, destaca a professora Rosmeri Mattie.