Formar-se no ensino fundamental ou médio é mudança de ciclo. É uma nova fase que se inicia, seja para viver em turmas diferentes da quais estava acostumado, mudar de escola ou, mesmo, colocar o pé dentro de uma instituição de ensino superior ou curso técnico. Na reta final do ano, diversos alunos de Venâncio Aires vivenciam essa experiência de se despedir da escola e se preparar para novos desafios, após a formatura.
De acordo com os estudantes ouvidos para esta edição do Na Pilha! é uma sensação única e cheia de sentimentos. Alguns vínculos de amizade existem desde que a caminhada na vida escolar se iniciou e outras foram formadas com o tempo. No entanto, são etapas da vida necessárias para chegar à fase adulta. Boa leitura!
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Hora de sair da escola
O fim das aulas neste ano será diferente para alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Adelina Isabela Konzen, de Vila Estância Nova. Afinal, é hora de sair da escola para encarar novos desafios. Na turma, formada por 27 estudantes, sairão jovens certos da carreira que irão seguir no futuro e outros que ainda estão conhecendo novas possibilidades. O cerimonial está agendado para sexta-feira da próxima semana, 21, e a festa ocorre no sábado, 22, tudo na comunidade Nossa Senhora de Lourdes, próximo à escola.
Enquanto a turma se prepara para viver esse momento, a missão de deixar tudo ainda mais perfeito é das alunas Évelin Marques, Vitoria Machado Mariano e Camila Schroeder, ambas de 17 anos, juntamente com uma comissão de pais.
De acordo com Évelin, que já está há bastante tempo na escola, antes de chegar nessa fase existiam muitos planos, mas agora com o momento de seguir esses planos surge um “frio na barriga”. Ela já sabe que quer cursar Biologia Marinha, por isso, pretende focar-se por um tempo nos estudos e depois tentar vaga em uma universidade.
“Nos outros anos sabíamos que voltaríamos aqui no fim das férias, agora não vamos mais”, lamenta Camila. Para a jovem, é nesse momento que se começa a ter uma percepção maior de mundo. Ela afirma que irá sentir saudade da turma. Enquanto Camila quer cursar Ciências Contábeis, Vitoria vai ficar com a Fotografia, área na qual é apaixonada desde muito cedo. “É fascinante conhecer a estrutura que as universidades oferecem, durante as feiras de cursos”, destaca.
Mobilização
Para arrecadar fundos para a formatura ou mesmo para viagens da turma, é comum os alunos realizarem rifas, pasteladas, galinhadas, venda de trufas e até mesmo organizarem pagamento de mensalidade, ao longo do ano.
Alunos formandos da Adelina:
Alessandra Taís de BritoAndiara Camargo GalvãoCamila SchroederCarlos Evandro do CoutoCaroline da Silva DedobenDaniel de Oliveira da RosaDaniel Irineu da FonsecaDaniela Inês FaleiroDébora Patrícia ChavesÉvelin Jocieli Aguiar MarquesGabriela Chaves QuintanaGuilherme Antonio Alves LiotaJonas Venício TicaKatriane Maria HelffLeticia Aline WeschenfelderLucas Gabriel da SilvaLuciana Evanir KistLuiz Henrique da RosaMaiara Danielle RohloffMarta Fatiam de JesusNatália Luiza dos SantosNatan dos SantosRafael SantarémThaís Amorim do CoutoVitoria Machado Mariano Wesley Luís GomesÉrica Juliane da Silva Nunes
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Fala aí, psicóloga!
Quando há uma transição de um ciclo de vida para outro é comum surgiu um desconforto. Isso acontece porque estamos acostumados a um padrão de vida, e a partir do momento que se inicia outro ciclo, automaticamente, ele exige outras responsabilidades e rotinas.
Segundo a psicóloga Karine Pezzini, a transição da fase da adolescência para a vida adulta pode gerar algumas inquietudes, conflitos e inseguranças, além de sintomas de ansiedade, que, segundo a profissional, estão sendo muito frequentes.
“O jovem de hoje nessa transição se depara com responsabilidades e exigências que até então não teve contato ou nunca o foi apresentado. Isso pode gerar conflitivas internas e medo pelo desconhecido” destaca.
Entretanto, algumas dicas podem auxiliar nesse momento de transição e nas suas escolhas. De acordo com Karine, é importante pensar sobre o que deseja para si, qual futuro quer ter, qual estilo de vida e a questão financeira, entre outros que considera importante.
“Nós vivemos ciclos em nossas vida e cada ciclo gera um sentimento de desacomodação e exige um processo de reinvenção, para criar recursos para nos adaptar, isso nos faz crescer cognitiva e emocionalmente”, enfatiza a profissional.