Agulha e linha na mão: o crochê como passatempo

-

Jogar vôlei e fazer crochê são as maiores paixões da biomédica Rosana Pinheiro, de 29 anos. Ela já arriscava os primeiros pontos, aos 11 anos, sentada ao lado da avó, Maria Tereza da Silva, e da prima, Limara Pereira, as suas principais incentivadoras. “Minha inspiração surgiu dentro da família. Durante a minha infância, muitos deles praticavam esta atividade”, relembra.A biomédica começou fazendo ponto-cruz e, com a prática, foi aprimorando o trabalho ao produzir peças em crochê. “Comecei fazendo bolsas e roupas para as minhas bonecas, nunca imaginei que voltaria a praticar o artesanato no meu dia a dia”, salienta.Em 2016, a venâncio-airense mudou-se para Recife para realizar um curso de pós-graduação em Citologia Clínica. Ao observar as vitrines das lojas e as tendências de moda, percebeu que as peças em crochê estavam em alta entre os nordestinos. “Estava passeando com uma amiga e ela decidiu comprar uma peça de crochê, foi quando eu me ofereci para fazer um biquíni para ela”, conta. 

Foto: Rosana Wessling / Folha do MateOs biquínis são peças produzidas por Rosana
Rosana produz diversas peças de crochê

Incentivada pela amiga Andressa Dornelles, Rosana decidiu retomar a atividade que aprendeu na infância. “Depois disso, meu trabalho foi sendo valorizado e comecei a receber muitos pedidos. Quando eu estava lá, não conhecia muitas pessoas e foi uma forma que eu encontrei de me distrair. Foi também uma fonte de renda que auxiliou nas despesas, durante a minha fase como estudante”, considera.

HOBBY

De volta a Venâncio Aires, desde o fim do ano passado, Rosana manteve o crochê como um hobby. Ela se desloca todos os dias para trabalhar em Santa Cruz do Sul e as agulhas e a linha estão sempre na bolsa. Seja no ônibus, no intervalo do trabalho e do jogo de vôlei, ela sempre encontra tempo para se dedicar ao artesanato e fazer aquilo que gosta. Em média, leva uma semana para produzir um biquíni, por exemplo. Já as peças mais elaboradas, como uma saída de banho, podem levar em torno de duas semanas para serem concluídas. “No inverno a demanda é maior, já cheguei a fazer três peças por semana.”

 

“Para mim, fazer crochê é uma terapia. Faço quando estou estressada e também quando estou feliz. A prática traz mais paciência e autocontrole.”ROSANA PINHEIROBiomédica

Peças personalizadas

Para Rosana, a proposta foi produzir peças para si mesmo, mas no decorrer do tempo, o trabalho passou a ser valorizado. “Sou bastante vaidosa, mas não estou muito ligada à moda. Me sinto bem em usar uma peça criada por mim, acho que isso revela estilo e personalidade”, conta.Em função disso, ela geralmente produz peças de crochê sob encomenda, assim como vestidos, saias, croppeds, biquínis e saídas de banho. “Na maioria das vezes, não preciso ver o gráfico para fazer o crochê, através de uma foto já consigo tirar o ponto”, salienta. Ela sempre está buscando novas ideias para a produção ‘à caça’ de novos desafios, quando recebe pedidos para criar diferentes peças. “É bem curioso, às vezes as pessoas me questionam se fui realmente eu que fiz.”

Foto: Rosana Wessling / Folha do MateOs biquínis são peças produzidas por Rosana
Os biquínis são peças produzidas por Rosana

NOVOS PROJETOSA experiência com as agulhas também despertou novas ideias à biomédica. Um dos projetos para o futuro é fazer uma parceria com a Sociedade Négo, para oferecer cursos de crochê às pessoas que querem aprender ou aperfeiçoar as técnicas de artesanato. 

Dicas

Para conservar as peças em crochê, prefira secar à sombra; não usar alvejante, usar apenas água e sabão; e não esfregar a peça.

Oferecido por Taboola

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /bitnami/wordpress/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido