Por trás da gula

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No sábado, 26, é celebrado o Dia da Gula. Antes de sair comemorando – leia-se, comendo de montão – decidimos buscar entender um pouco mais sobre esse pecado capital tão delicioso e que, frequentemente, dá as caras na nossa rotina.

Como tudo na vida, é preciso ter equilíbrio na hora de comer, para que os momentos de alegria ao degustar aquele sorvete ou chocolate não se transforme em dor de cabeça. Quem nos ajuda a compreender mais sobre o assunto é a nutricionista Sheila Barth Vidor. Ela alerta para o fato de que a gula é considerada um distúrbio alimentar e se caracteriza pelo uso da comida como compensação por algo que não está indo bem em outras áreas da vida. A origem pode ser emocional, desencadeada, principalmente, por decepções – é como se a pessoa descontasse a sua frustração nos alimentos.

Por isso, se ela ocorrer frequentemente, deve ser avaliada por uma equipe de psiquiatra, psicólogas e nutricionistas, para que esse transtorno não dê continuidade, o que pode gerar consequências negativas como obesidade, frustração e tristeza, bulimia e até anorexia. Boa leitura!

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Fala aí, nutricionista!

A nutricionista Sheila Barth Vidor explica o processo da gula e dá dicas de como driblar esse pecado capital.

Temos a impressão de que, quando estamos em casa de férias ou com tempo livre, comemos bem mais do que o normal. Por que isso acontece?

Quando estamos com tempo livre nosso corpo fica mais relaxado e sobra tempo para pensar em comida. Isso acontece porque quando passamos a comer por impulso, ou seja, muito mais do que precisamos, as taxas de insulina em nosso organismo aumentam e nosso corpo se acostuma a ingerir maior quantidade de alimentos e aí vem o aumento de peso.

Qual a diferença entre fome e gula?

Fome pode ser uma necessidade fisiológica de comer e não está relacionada a comer algo específico. Já a gula pode ser considerada um transtorno de compulsão alimentar, no qual as pessoas comem mais quantidade em menor tempo.

Em geral, quando falamos em gula, nos referimos a alimentos doces, guloseimas, chocolate e outras ‘porcarias’. Por que esses alimentos são prejudiciais?

Normalmente, quanto mais comemos alimentos ricos em açúcares de alto índice glicêmico, como doces e pães, mais gulosos de doces ficamos. Isso se deve a uma relação química existente entre a insulina (hormônio produzido pelo pâncreas) e a serotonina. Com boa e equilibrada reeducação alimentar, é possível ser mais saudável e menos ansioso, e, finalmente, libertar-se da gula porque muitas vezes não relacionamos a nossa fome com a falta de nutrientes, que são responsáveis pela formação de neurotransmissores, como vitaminas e minerais.

Foto: Divulgação / Régis FabrisScheila explica que, quando mais alimentos doces ingerimos, mais gulosos ficamos
Scheila explica que, quando mais alimentos doces ingerimos, mais gulosos ficamos

Para conter a gula

A nutricionista Sheila Barth Vidor recomenda algumas técnicas para ajudar a conter o guloso que existe em você

– Procure comer devagar

– Respire. Ter uma respiração profunda ajuda

– Reeduque seu cérebro: observe as quantidades que come

– Não se prive de comer

– Sacie a vontade de ingerir ‘gordices’ comendo uvas, banana, melancia, peixe, frango, nozes, castanhas e amêndoas

– Lembre que a melhor maneira de evitar ou controlar a gula é fazer pequenas mudanças de efeitos significativos na alimentação. A gula só é permitida quando houver consumo de alimentos saudáveis.

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Dica da Nutri!
Rapadura fit:

– 1 colher de sopa de pasta de amendoim

– 1 tablete de 90 gramas de chocolate 70% cacau

– 2 colheres de sopa de castanha de caju quebrada

– Derreta o chocolate, adicione a pasta de amendoim e as castanhas quebradas. Misture bem. Leve ao refrigerador por 40 minutos. Uma rapadura deliciosa para degustar com café preto (sem açúcar).



    

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