Com belas cores e talento para cantar, o canário belga pode ser uma boa fonte de lucros, ou uma interessante terapia. Existem mais de 500 cores de canários reconhecidas no mundo. Mas é a amarela, da linhagem belga, a mais popular por aqui. A busca por novas e diferentes tonalidades e combinações é um dos principais objetivos de boa parte dos criadores, que também se interessam pela definição do porte do pássaro. Apresentação em exposições e melhoramento genético da raça são outras finalidades da criação comercial do canário, que ainda desperta a atenção pelo seu belo canto.
É buscando este nicho de mercado, que o ornitólogo Vitor Hugo Pilz, há 40 anos cria canários belgas, ofício que aprendeu com seu pai, quando ainda era criança e residia em Vila Santa Emília e há 30 anos, cria canários na cidade. Em parceria com Émerson Santos, ele conta com um plantel de 250 exemplares e a perspectiva de filhotes para este ano – que vai até janeiro, é de 300 nascimentos. Depois de adultos, os exemplares são selecionados para competir conforme o padrão estabelecido pela Organização Brasileira de Grupos de Ornitologia. Cada pássaro tem um padrão específico para ser avaliado. Após feita a seleção daqueles que vão para os concursos, os demais são descartados e comercializados.

Clube
Pilz salienta que hoje, toda e qualquer espécie de pássaro que é criada em cativeiro precisa ser anilhada, mesmo sendo considerada doméstica, como é o caso dos canários belgas. E, para conseguir as anilhas, o primeiro passo é criar um clube, como é o caso do Clube Ornitológico de Venâncio Aires (Cova), que segundo Pilz – ele é o presidente, é um dos mais novos e mais atuantes do Rio Grande do Sul e que no dia 1º de novembro vai completar quatro anos de atividades. Iniciou com 13 pessoas e, atualmente, conta com 345 sócios, oriundos de 156 municípios de 11 estados brasileiros. Eles provêm do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraíba, Maranhão, Pará, Pernambuco e Acre. Por isso, segundo Pilz, é considerado o maior clube do Rio Grande do Sul. “Têm sócios que são filiados a outros clubes e outros não criam pássaros. Se associaram pelo prazer de ver os pássaros e conviver com os ornitólogos”, afirma.
O Cova é filiado à Federação Ornitológica do Brasil (FOB) e à Federação Ornitológica Gaúcha (FOG).
No dia 18 de novembro, no Restaurante Pingão, ocorrerá a eleição da nova diretoria do Cova.
Espécies
O canaril de Pilz e Santos está localizado à Avenida Ruperti Filho, 3133, Cidade Alta. O plantel conta com as espécies Arlequim Português, Fife Fancy, Frisado do Norte, Mosaico Vermelho, Espanhol, Vermelho Intenso e Nevado.
35é o número de sócios oriundos de Venâncio Aires.