O novo livro do escritor venâncio-airense Rafael Lovato aborda o empoderamento feminino. O lançamento de ‘Charlotte – A imperceptível transparência de uma alma feminina’ ocorreu no dia 20, no Rio de Janeiro. A versão física pode ser comprada na loja virtual da Drago Editorial e o e-book pode ser encontrado na Amazon.
A obra conta a história de Charlotte, que para a sociedade inglesa, vivia em um conto de fadas. Com 39 anos, mãe de dois filhos exemplares, casada com um Lorde escocês, morava em uma luxuosa mansão e passava seus dias entre trabalhos voluntários, salões de beleza e shopping com as amigas. Lovato explica que a personagem já não tolerava mais a posição de ser um troféu para o marido. “Ela não aguentava mais sufocar seus desejos de independências financeiras e sexual. Não queria mais carregar o legado das mulheres Barton, simbolizado pelo anel de diamantes herdado de sua bisavó”, comenta.
No entanto, um desentendimento com Coonor, o marido, culmina com Charlotte indo, a contragosto de sua mãe, morar em Londres com Chloe, sua amiga de adolescência. Nesse momento, a amiga começa a incentivar Charlotte a terminar sua formação jurídica e buscar liberação sexual.
Já em Londres, ela conhece Maurice, um francês que tudo lembrava seu amor inacabado de adolescência com Antoine. “Será que Charlotte colocará a perder o legado da família? Confrontará sua controladora mãe? O mais importante: com as novas escolhas, conseguirá se empoderar enquanto mulher, conhecendo sua alma feminina e encontrando a felicidade?”, questiona o autor
A história de Charlotte está publicada também na versão em inglês, e atualmente há uma editora da Inglaterra demonstrando interesse em publicar a versão em inglês no Reino Unido.
PARA LEITORES DO PEREGRINO JOSHUA
Rafael Lovato explica que Joshua faz parte da história. O livro da Charlotte foi escrito porque 90% dos leitores da coluna Peregrino Joshua – que era publicada na Folha – eram mulheres. “Várias leitoras me falaram que gostariam de ler um romance feminino. Daí nasceu a ideia deste livro”, conta.
DIFICULDADE
É cada vez mais difícil, de acordo com Lovato, escrever livros. “A população brasileira culturalmente não lê livros. Quando lê, lê obras estrangeiras ou obras de pessoas famosas por outras razões”, lamenta. O que faz com que as editoras maiores não invistam em escritores desconhecidos, independente do quão bom seja o que eles escrevem. “Atualmente eu não vislumbro qualquer razão para alguém escrever livros no Brasil, a não ser por hobby, por gostar, para compartilhar com amigos e conhecidos”, lamenta.
Em estado de hiato literário, o autor conta que não vislumbra razão para escrever outra obra, justamente, por essa dificuldade e incerteza do futuro.